Avó é presa por suspeita de matar neta de 9 anos com bolo envenenado em MG

Foto: Divulgação
Uma mulher de 59 anos foi presa por suspeita de envenenar e matar a neta, uma menina de 9 anos, em São Francisco, na região norte de Minas Gerais.
Avó teria envenenado duas netas, mas apenas a de 9 anos morreu. A outra menina, de 11, chegou a passar mal e conseguiu sobreviver. O crime ocorreu no dia 23 de julho, mas a suspeita só foi presa ontem. As informações são da Polícia Civil de Minas Gerais.
Vítimas estavam na casa da avó durante o período de férias escolar. Na ocasião, a suspeita preparou um bolo para servir as netas, mas o alimento estaria envenenado.
Laudo pericial encontrou substância tóxica no bolo e no organismo da vítima fatal. O documento apontou a presença de terbufós, substância tóxica comumente usada em pesticidas, como o veneno popularmente conhecido como chumbinho.
Vítima fatal consumiu uma maior quantidade do bolo envenenado. Ela passou mal, vomitou, relatou fortes dores na barriga e chegou a expelir uma secreção branca pelo nariz. A criança chegou a ser hospitalizada, mas não resistiu e morreu. Testemunhas relataram às autoridades que a avó teria demorado cerca de 1hr para socorrer a neta.
Menina de 11 anos comeu apenas uma fatia pequena porque não gostou do sabor do alimento. Ela apresentou sintomas leves, recebeu tratamento e sobreviveu. Um gato da família, que também consumiu alimentos no local, morreu por intoxicação. Motivação para o crime ainda é desconhecida.
Defesa da avó afirma que ela é inocente. Por meio de nota, o advogado Raphael Simões de Moraes Neto também disse que a prisão da suspeita é “desproporcional” porque “sua liberdade não oferece quaisquer tipo de risco”.
O delegado do caso afirmou que a detenção da avó é “fundamental” para a elucidação dos fatos. O delegado Luiz Bernardo também destacou que, como o caso teve repercussão na cidade, a prisão da suspeita garante a integridade física dela.
” É importante destacar que as investigações já estão sendo conduzidas com muitos detalhes baseados em provas testemunhais e laudos periciais que revelaram a presença do princípio ativo do veneno e para que nenhum tipo de injustiça seja feita. Infelizmente as apurações indicam que a autora que foi hoje presa realmente foi a responsável por preparar e entregar às crianças o bolo envenenado.” – Luiz Bernardo, delegado da PCMG
fonte: uol