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Brasil e EUA fazem a 1ª reunião técnica para acordo, na Malásia após encontro de Trump e Lula

Foto: Divulgação / Itamaraty

Delegações do Brasil e dos Estados Unidos fizeram uma reunião nesta segunda-feira (27), na Malásia, para debater o tarifaço de 50% a uma série de produtos brasileiros aplicado pelo governo Donald Trump.

A reunião das delegações foi a primeira após e encontro, também na capital Kuala Lumpur, entre o presidente Lula e Trump.

Participaram do encontro, pelo lado brasileiro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira; o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa; e o assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais, Audo Faleiro.

Pelo lado norte-americano, os enviados foram o representante de comércio dos EUA (USTR), Jamieson Greer, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Na conversa, ficou acordado que o Brasil enviaria uma comitiva a Washington o quanto antes, provavelmente na primeira semana de novembro.

Segundo fontes do Planalto, os cotados para liderar a comitiva são os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Geraldo Alckmin (Indústria, Comércio e Serviços), além do próprio chanceler Mauro Vieira. Só então, acredita o Planalto, o Brasil ficará ciente das reais demandas dos EUA. A Casa Branca, dizem interlocutores do presidente Lula, até o momento não apresentou suas exigências.

Impressões de Trump

Donald Trump e Lula — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Donald Trump e Lula – Foto: Reprodução

Após o encontro com Lula, na madrugada do domingo (horário de Brasília), Trump chamou Lula de “muito vigoroso e impressionante” e desejou os parabéns a ele por seu aniversário de 80 anos nesta segunda.

Trump deixou em aberto se a tarifa de 50% vai ser revogada, como quer o Brasil.

“Tivemos uma reunião muito boa, vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. E quero desejar feliz aniversário ao presidente, hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante”, afirmou Trump a repórteres durante voo para o Japão.

Perspectiva de acordo

Após a reunião entre seus auxiliares e os integrantes da equipe de Trump, Lula afirmou que espera um entendimento rápido. “Eu estou convencido de que em poucos dias nós teremos uma solução definitiva sabe entre os Estados Unidos e Brasil. É assim que eu volto para o Brasil: satisfeito e certo que tudo vai dar certo para o povo brasileiro”, afirmou o brasileiro.

Lula ainda indicou que, caso algum entrave aconteça, agora tem os meios para derrubá-lo. “Já falei com os meus negociadores. Ele [Trump] foi para a Coreia, para o Japão, mas, a depender do resultado desta semana, eu já vou importuná-lo com um telefonema direto. Ele também tem o meu telefone. Só que, como eu não uso celular, eu dou o do meu cerimonial”, disse o petista em coletiva de imprensa na Malásia.

Após a reunião, Trump também falou. “Tivemos uma ótima reunião. Vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver. No momento, eles estão pagando, eu acho, 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião”, assinalou o republicano a jornalistas, a caminho do Japão.

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