COP30 começa oficialmente nesta segunda-feira (10)

Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A 30ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP30, começa oficialmente nesta segunda (10) em Belém, no Pará.
O evento deve durar cerca de duas semanas e tem um peso fundamental para a ação global contra as mudanças do clima, cada vez mais necessária visto os recentes episódios climáticos extremos no Brasil e no mundo.
Por isso, cinquenta mil pessoas estarão em Belém nos próximos dias: diplomatas, governantes, ativistas e indígenas, cientistas, CEOs de empresas, entre outros.
A Cúpula de Líderes, realizada entre quinta (6) e sexta (7), deu o tom do que deve dominar as negociações da COP30. Os recados políticos foram claros: acelerar a transição energética, fortalecer o financiamento climático e proteger as florestas tropicais.
Agora, a expectativa se volta para Belém. É na cidade, nessa primeira COP na Amazônia, que esses compromissos terão de sair do discurso e virar plano concreto, com metas, prazos e recursos definidos.
Apesar de saldos positivos classificados pelo governo como as sinalizações de interesse por parte de mais de 50 países pelo fundo das florestas, o TFFF na sigla em inglês, a COP segue com desafios latentes que permeiam as três décadas de conferências climáticas e as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, em 2015.
Passados todos estes anos desde o primeiro encontro – Berlim, 1995 -, as emissões de gases de efeito estufa aumentaram em um terço; o consumo de combustível fóssil continua a aumentar; e as temperaturas globais estão a caminho de ultrapassar os limites que têm sido alertados pelo cientistas, com efeitos significativos ao planeta.
A COP30 é 30ª conferência do clima da ONU, um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem.
A conferência vem sendo realizada anualmente desde 1995 (exceto em 2020, por causa da pandemia) e o termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer “Conferência das Partes“, uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU no início da década de 1990.
O tratado, chamado de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), tem como principal objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, combater a ameaça humana ao sistema climático da Terra, cada vez maiks evidente nos últimos meses.

A ministra Marina Silva e o embaixador André Corrêa do Lago em reunião ministerial de Clima, Energia e Meio Ambiente do G7 – Foto: Felipe Werneck/MMA
A cúpula de líderes
Entre a última quinta (6) e a sexta-feira (7), ocorreu em Belém a Cúpula de Líderes, um dos eventos pré-COP mais importantes e que trouxe sinalizações sobre o tom que será adotado ao longo da conferência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, truxe a quetão do multilateralismo como elemento de um de seus discursos. Segundo ele, não existe solução para o planeta fora do âmbito das ações conjuntas entre os países. “A Terra é única. A humanidade é uma só. A resposta tem de vir de todos, para todos.”



