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Polícia Federal diz que ex-presidente do INSS recebia propina de R$ 250 mil por mês

Foto: Reprodução

Operação Sem Desconto: A Polícia Federal (PF) afirmou que o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, recebia mensalmente R$ 250 mil relacionados a propina. De acordo com o relatório que deu origem a mais uma fase da operação, realizada nesta quinta-feira, “quase a totalidade dos valores foram pagos entre junho de 2023 e setembro de 2024”. Steffanuto foi uma das pessoas presa durante a operação realizada hoje.

Steffanuto foi uma das pessoas presas durante a operação. Segundo as investigações, o ex-presidente da autarquia era conhecido como “O Italiano”. Ele receberia as propinas usando empresas de fachada.

“O valor mensal de sua propina aumentou significativamente para R$ 250.000,00 após assumir a Presidência do INSS”, diz a PF.

Segundo os investigadores, Stefanutto exerceu papel de facilitador institucional do grupo por sua atuação à frente no instituto.

A investigação aponta que ele “avaliava e aprovava a manutenção dos convênios entre o INSS e a Conafer, mesmo após alertas técnicos sobre inconsistências nas listas de filiados e indícios de falsificação de autorizações de desconto”.

O ex-presidente – diz a PF – também “autorizava o processamento de cadastros de filiação encaminhados pela Conafer, sem observância dos critérios legais e sem checagem da manifestação de vontade dos beneficiários” e “recebia pagamentos mensais provenientes de empresas vinculadas ao operador financeiro (Cícero Marcelino de Souza Santos), disfarçados como honorários de consultoria ou assessoria técnica”.

Segundo o pedido da PF, em troca da “influência”, Stefanutto recebeu propinas da Conafer, “usando diversas empresas de fachada, como Stelo Advogados e Associados, Delicia Italiana Pizzas e Moinhos Imobiliária”.

A Conafer arrecadou R$ 688 milhões com descontos sobre aposentadorias.

A nova fase da Sem Desconto passou a investigar o ex-presidente do instituto também pelo crime de corrupção passiva.

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