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Policial da Rota atira em investigador da Polícia Civil, em SP

O policial civil Rafael Moura da Silva, que foi baleado por homens da Rota, na zona sul de São Paulo –
Foto: Reprodução/Estadão / Estadão

Um policial da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) baleou o investigador da Polícia Civil Rafael Moura da Silva, de 38 anos, que trabalha no Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), da 3.ª Delegacia Seccional, nesta quinta-feira (11), às 17h54, durante uma operação no bairro do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.

Equipes do Cerco e da Rota entraram por lados diferentes da favela e se encontraram no interior da comunidade na Rua Pedro Faber. Os policiais civis, que estavam com um carro descaraterizado, chegaram a se manifestar, mas mesmo assim os disparos teriam sido feitos.

Um dos investigadores da Polícia Civil foi atingido por três disparos no tórax e braço. Ele foi levado em estado grave para o Hospital das Clínicas, na região central da capital.

Segundo a PM, o investigador foi socorrido pelas equipes da Rota e o caso será encaminhado ao 37° DP.

A Polícia Civil ainda não definiu como vai lidar com o caso. Esta é a segunda vítima baleada por PMs de serviço em 24 horas na cidade cuja legalidade da ação está sob análise. Na quinta-feira, 10, dois cabos do 16.º Batalhão executaram um jovem na favela de Paraisópolis, dando início a uma sequência de eventos que terminou com mais um morto e com a prisão em flagrante dos PMs.

O que os delegados envolvidos no caso querem saber é se os policiais da Rota atiraram sem se importar com as consequências, ou seja, se atiraram primeiro nos policiais que estavam chegando em uma biqueira da favela para perguntar depois. Um delegado ouvido pelo Estadão afirmou se tratar de uma situação muito difícil.

“Estamos verificando todas as circunstâncias do caso para, depois, tomar uma decisão com serenidade”, afirmou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Emygdio Machado Neto.

Além deles, só as câmeras usadas pelos traficantes de droga para monitorar a região podem ter imagens sobre o que de fato aconteceu no local. A Corregedoria da PM deve acompanhar o caso. Até as 21h30, o Comando da PM não havia se manifestado.

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