PT pede ao STF a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro após tarifaço de Trump

Eduardo Bolsonaro pediu licença parlamentar de 122 dias para viver nos Estados Unidos –
Foto: Pedro França/Agência Senado
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite deste domingo (13), a responsabilização e a cassação do mandato como deputado federal de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), após o Brasil ser alvo da imposição de tarifas comerciais pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na petição, endereçada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o partido aponta que Eduardo Bolsonaro tem se aproveitado do contexto diplomático para a ‘nítida e indiscutível tentativa de obstruir o processamento da ação penal contra seu pai’, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Denunciado pela Procuradoria-Geral da República, o líder do clã Bolsonaro tornou-se réu na Suprema Corte por tentativa de golpe de Estado e é julgado, também, pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O PT afirma, também, que Eduardo Bolsonaro ‘vergonhosamente tem trabalhado, ostensivamente, para associar a solução desta crise diplomática com os EUA (ou seja, a revogação da tarifa de 50% contra o comércio brasileiro), com a ‘anistia ampla, geral e irrestrita’.
“Em verdade, trata-se de um parlamentar brasileiro operando ativamente contra as instituições democráticas do próprio país; um deputado federal trabalhando em prol de tarifas comerciais que podem resultar em prejuízo para a população do mesmo País que o elegeu, com a única finalidade de prejudicar a apuração de crimes cometidos por seu pai e seus aliados”, argumentou o partido.
Na manifestação, o PT pede o recebimento e o processamento da notícia de fato para que ‘sejam adotadas as providências necessárias para a responsabilização de Eduardo Bolsonaro”, além de solicitar que o STF tome, junto à Câmara dos Deputados, as medidas necessárias para que o parlamentar tenha seu mandato cassado.
O documento é assinado pelos advogados Angelo Longo Ferraro, Sthefani Lara dos Reis Rocha, Miguel Filipi Pimentel Novaes e Gean Ferreira.
fonte: terra