Artigo Opinião

Qualificar a mão de obra local é desafio urgente para Aparecida de Goiânia

A qualificação garantirá que a renda dos novos postos de trabalho aqueça a economia local, criando m um ciclo virtuoso para todos

No dia 13 de outubro, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) receberá, conforme edital, a documentação das empresas interessadas em se instalar no Dianot — o Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira, novo polo empresarial em construção em Aparecida de Goiânia. Projetado para ser o segundo maior distrito industrial do estado, atrás apenas do DAIA (Distrito Agroindustrial de Anápolis), o Dianot terá capacidade para cerca de 200 empresas e pode gerar, quando plenamente implantado, até 30 mil empregos diretos e indiretos.

Mas há um desafio que pode impedir esses benefícios: a escassez de mão de obra qualificada. Sem profissionais preparados, vagas podem ficar ociosas e investimentos, comprometidos – em vez de se transformarem em oportunidades para a população local.

Aparecida, que já reúne diversos polos empresariais – consolidados e em implantação –  precisa de programas robustos de capacitação profissional para atender moradores da cidade e das regiões vizinhas. A Região Leste concentra empreendimentos como Global Park, Daiag, Dimag, José Alencar, o polo de reciclagem, o polo moteleiro, All Park e o futuro Polo Aeronáutico Antares; somam-se ainda o Polo Goiás, a Cidade Empresarial e um comércio ativo em todos os bairros. Apesar desse dinamismo, falta mão de obra qualificada – um entrave concreto que leva empresários a postergar ou até abandonar projetos pela ausência de profissionais adequados.

As soluções existem e demandam articulação entre poder público, iniciativa privada e instituições de ensino: cursos técnicos alinhados às demandas locais, estágios, programas de requalificação e incentivos que permitam ao trabalhador se qualificar sem perder renda — por exemplo, bolsas de qualificação ou complementos salariais temporários. Essas medidas aceleram a conversão de vagas em empregos efetivos e ampliam o impacto econômico na cidade.

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag) já se coloca como parceira nessas iniciativas. Agora cabe ao poder público priorizar estudos e ações concretas para que a qualificação acompanhe o crescimento econômico — porque é do trabalho qualificado e da atividade produtiva que virão os impostos e a renda necessários para fortalecer serviços públicos e garantir desenvolvimento sustentável.

Maione Padeiro é presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia

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