Polícia

Prisões domiciliares dos condenados por trama golpista, são mantidas após audiência de custódia no STF

 Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

As prisões domiciliares de oito condenados pela trama golpista foram mantidas neste sábado (27) após audiência realizada por uma juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

As audiências foram conduzidas pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino e tiveram objetivo de cumprir uma formalidade legal.

Na manhã de hoje, Moraes decretou a prisão domiciliar de dez condenados. A lista de alvos é formada por sete militares do Exército, uma delegada da Polícia Federal, o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha e Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Os alvos das ordens de prisões domiciliares que passaram por audiência de custódia neste sábado são:

  1. Filipe Martins (está no Paraná), ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
  2. Ângelo Denicoli (ES), major da reserva do Exército;
  3. Bernardo Romão Corrêa Netto (DF), coronel do Exército;
  4. Fabrício Moreira de Bastos (TO), coronel do Exército;
  5. Giancarlo Rodrigues (BA), subtenente do Exército;
  6. Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (RJ), tenente-coronel do Exército;
  7. Marília Alencar (DF), ex-diretora de Inteligência do Ministério da Jutiça;
  8. Ailton Gonçalves Moraes Barros (RJ), ex-major do Exército;

Eles terão de usar tornozeleira eletrônica, além de cumprir outras medidas restritivas, como proibição do uso de redes sociais e contato com outros investigados, entrega de passaportes, e proibição do recebimento de visitas.

O ministro do STF também determinou a suspensão de eventuais documentos de porte de arma de fogo.

Carlos Rocha não foi encontrado pela Polícia Federal e é considerado foragido.

O mandado de prisão domiciliar contra o tenente-coronel do Exército, Guilherme Marques de Almeida, também não foi cumprido. Ele viajou para a Bahia, mas se comprometeu a retornar para Goiânia e iniciar o cumprimento da medida.

As prisões domiciliares foram determinadas por Alexandre de Moraes para evitar novas fugas. Nesta sexta-feira (26), o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvanei Vasques foi preso pelas autoridades do Paraguai,  após tentar embarcar para El Salvador com passaporte falso.

No entendimento de Moraes, há uma estratégia dos condenados pelos atos golpistas para fugir do país. O ministro citou diversos casos de fuga de réus nas ações penais do 8 de janeiro, entre eles, a do ex-deputado Alexandre Ramagem. 

“O modus operandi da organização criminosa condenada pelo Supremo Tribunal Federal indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional, como feito pelo réu Alexandre Ramagem, inclusive com a ajuda de terceiros”, afirmou o ministro.

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