Economia

Ações do Bradesco desabam 17% após resultados do 3º trimestre decepcionarem

As ações do Bradesco derreteram nessa quarta-feira (9/11), depois que o banco divulgou resultados abaixo das expectativas do mercado. As ações preferenciais BBDC4 fecharam em queda de 17,38%, e as ações ordinárias BBDC3 caíram 16,01%. Às 16h15, as ações preferenciais BBDC4 estavam em queda de 15,39% e as ações ordinárias BBDC3 estavam caindo 15,06%. Foram as duas maiores quedas do dia.

É a segunda maior queda em um único dia da história das ações do Bradesco. A maior queda diária foi em 10 de setembro de 1998, de 19,49%, segundo levantamento feito pelo TradeMap.

O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,223 bilhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 25,8% na comparação trimestral e de 22,8% em relação a igual período do ano passado. O ganho ficou abaixo das previsões dos analistas consultados pelo Valor, de R$ 6,732 bilhões. As despesas com provisões para devedores duvidosos somaram R$ 7,2 bilhões, alta de 13,6% na comparação com mesmo período do ano passado.

Em conferência com os acionistas, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, destacou que o nível de provisões no quatro trimestre deste ano deve se situar no mesmo patamar do terceiro trimestre. Além disso, a necessidade de provisões no primeiro e segundo trimestres de 2023 ainda deve ser nos mesmos patamares de agora.

Questionado sobre surpresas encontradas em relação aos índices de inadimplência no balanço do terceiro trimestre, Lazari Junior afirmou que a inadimplência em cartões e crédito pessoal se deteriorou muito rápido.

“Observamos um poder de compra da população corroído. Batemos o recorde histórico da população endividada no Brasil, e isso que elevou à provisão, até por cautela nossa”, destacou o presidente do Bradesco.

juo

 

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo