É inédito o que está acontecendo nos Estados Unidos. Inédito um ex-presidente, Donald Trump, ter sido fichado nesta terça-feira (13), num tribunal federal, sob acusação de guardar em casa documentos secretos que contém segredos de Estado do país. São 37 pesados acusações.
É inédito, também, que nada disso pareça afetar as chances de Trump ao concorrer novamente à Presidência do país em 2024. Pelo contrário: parece até aumentar seu capital político.
Ele continua dominando o grid de pré-candidatos do partido Republicano, que não conseguem criticá-lo publicamente, com receio de repetir as falas de adversários do partido Democrata, já que Trump se apresenta como vítima de uma perseguição política disfarçada de investigação judicial.
Na fortíssima polarização política norte-americana, a narrativa tem valor de verdade incontestável para uma enorme parcela dos eleitores.
São universos políticos fechados em si, e que não se comunicam. O fenômeno é familiar também a nós, brasileiros.
Trump sendo Trump. O que ele faz acaba virando algum tipo de símbolo. Parte dos documentos secretos que carregou consigo ao sair da Casa Branca ele escondeu no banheiro de sua mansão na Flórida.
