Desde setembro, Brennand está em Abu Dhabi; atualmente, há cinco mandados de prisão preventiva contra o empresário.
O empresário Thiago Brennand, acusado dos crimes de ameaça, estupro, lesão corporal e cárcere privado, foi preso na tarde desta segunda-feira (17) nos Emirados Árabes Unidos para ser extraditado para o Brasil. A data em que isso ocorrerá, no entanto, ainda é incerta.
No domingo (16), a Secretaria Nacional de Justiça, órgão do governo brasileiro, confirmou que o governo dos Emirados Árabes Unidos realizará os procedimentos para a extradição do suspeito, e a prisão o primeiro passo. A divulgação se deu durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país árabe, onde Lula defendeu que Brennand seja responsabilizado.
Desde setembro do ano passado Brennand está em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos. Atualmente, há cinco mandados de prisão preventiva contra o empresário em aberto em território brasileiro. Sua ida ao exterior motivou a expedição da sua primeira ordem prisional, assinada pela juíza Érika Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo. Brennand em vídeo na internet, diz ser vítima de perseguição e alvo de inveja.
Acusações
O caso do empresário ganhou repercussão depois que ele foi flagrado por câmeras de segurança ao agredir a modelo Alliny Helena Gomes em uma academia no Shopping Iguatemi, em área nobre da capital paulista, no dia 3 de agosto. Depois, outras mulheres decidiram denunciá-lo.
A estudante de medicina Stefanie Cohen, de 30 anos, é uma das denunciantes. Em outubro, ela revelou que foi estuprada por Brennand. Na época, ela disse que foi dopada e abusada: “Percebi que falar sobre isso faz parte da minha cura”.
Ainda em outubro, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) fez a terceira denúncia contra o empresário pela agressão ao garçom Vitor Igor Rodrigues Machado, de 26 anos, em condomínio de Porto Feliz, no interior do estado.
Na quarta denúncia, ele foi acusado de crime de ameaça e contravenção penal de vias de fato (quando há uma agressão física leve) contra Agostinho Rodrigues da Silva, de 54 anos, caseiro do condomínio onde vivia.
O empresário também é investigado pelo estupro de uma americana. Segundo o MP-SP, ele teria ameaçado a mulher com a divulgação de imagens de cenas íntimas caso ela rompesse o relacionamento.
