Advogada Amanda Partata, acusada de matar ex-sogro e a mãe dele envenenados com bolo vai a júri popular
Amanda Partata é suspeita de envenenar homem e mulher em Goiás – Foto: Reprodução/Redes Sociais
A advogada Amanda Partata irá a júri popular, conforme decisão expedida pela Justiça nesta segunda-feira (26). Ekla é acusada de matar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, envenenando-os com bolos de pote, , em Goiânia. Além disso, Amanda também teria oferecido os alimentos com veneno a outros familiares do ex-namorado.
Veja abaixo os crime dos quais Amanda é acusada:
- Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) contra Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado de Amanda.
- Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) e agravado pela idade contra Luzia Alves, avó do ex-namorado de Amanda.
- Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) praticado contra o tio do ex-namorado de Amanda.
- Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado de Amanda.
Conforme a decisão da Justiça, a ré deve permanecer em prisão preventiva, sem possibilidade de substituição por medida cautelar. Amanda Partata está presa desde 20 de dezembro de 2023.
A defesa de Amanda Partata afirmou que, assim que tiver acesso ao conteúdo, se manifestará. Quando ela se tornou ré, os advogados disseram que “em razão da complexidade das imputações” se pronunciariam somente em juízo. Quando foi presa, a mulher negou ter cometido o crime.
Em abril deste ano, a advogada foi suspensa dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), o que levou à sua transferência da Casa do Albergado, onde estava detida, para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, era ex-servidor da Polícia Civil e conhecido como Leozão. A mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86 anos, também morreu vítima do envenenamento. Segundo a polícia, a idosa era cadeirante e tinha Alzheimer. O crime teria sido motivado pelo sentimento de rejeição que Amanda sentiu após o fim do relacionamento com o filho de Leonardo.
Um exame de insanidade mental constatou que Amanda tinha plena consciência do que estava fazendo quando ofereceu alimentos contaminados às vítimas. O laudo, obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, destacou ainda que Amanda “claramente” agiu de forma organizada e planejada para praticar o crime.
A realização do exame foi um pedido da defesa de Amanda, ao qual a Justiça aceitou no início do mês de abril. A avaliação foi feita pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás. Além de entrevistar Amanda, os médicos também ouviram a mãe dela, para entender como era o comportamento da advogada desde a infância.
“Nosso entendimento é que a periciada (Amanda) era plenamente capaz de se determinar sobre seus atos. (…) Em seus atos, claramente, podemos observar características de planejamento, premeditação e os cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto”, dizem trechos do laudo.
fonte: g1