Polícia

Advogada do PCC esconde informações confidencias da facção no tablet de uma criança

Advogada Paula Tatiane Monezzi, 35, um dos alvos da Operação Courrier – Foto: Redes sociais

A  prisão de Paula Tatiane, de 35 anos, advogada acusada de guardar informações confidencias do PCC. Segundo as autoridades, a jurista estava alcançando o sucesso financeiro e parte de seu dinheiro, vinha da defesa de criminosos. A investigação apontou que Paula teria recebido cerca de R$ 100 mil pela atuação em favor a integrantes da facção.

A investigação concluiu que além de defender integrantes do PCC, a advogada também participava dos crimes. Ela e outra colega, também advogada, são suspeitas de repassar uma ordem de dentro da penitenciaria vinda de um integrante do alto escalão, conhecido como Arqueiro. A determinação era matar um promotor de justiça que fazia parte do grupo que combate o PCC no Ministério Público do Mato Grosso do Sul.

A ligação de Paula com a facção seria mais que apenas profissional. A advogada teria usado uma criança para esconder as provas. Os promotores afirmaram que, durante uma conversa com outro suspeito, Paula se dizia tranquila, revelando que o conteúdo comprometedor estaria armazenado em dispositivos eletrônicos que estão escondidos. Entre eles, a advogada citou o tablete de um menino, que seria uma criança de quem ela era próxima.

A defesa de Paula solicitou que a prisão preventiva fosse convertida em prisão domiciliar, pois ela seria a única responsável por cuidar e manter financeiramente uma pessoa vulnerável. Além disso, a advogada também é suspeita de ser o elo entre o líder da facção, Rafael Lemos, conhecido como patrão ou Gazel, com os demais membros que operam o tráfico de drogas.

O Gaeco alega ainda que a prisão domiciliar não é suficiente para impedir que Paula atrapalhe as investigações ou cometa outros crimes na tentativa de barrar os trabalhos. “É irrefutável que a manutenção da prisão preventiva da requerente Paula Tatiane Monezzi, pela própria posição na organização criminosa, faz-se de extremada importância no caso, uma vez que, em liberdade, certamente se sentirá estimulada a voltar a delinquir, dando suporte à predita organização criminosa e fomentando a prática da mais diversa ordem de crimes”, opinam os promotores em outro trecho da manifestação.

Conforme a investigação, Paula é uma das advogadas responsáveis por distribuir ordem do PCC para matar um promotor do Gaeco.

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