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Ailton Barros falou sobre golpe de Estado com Mauro Cid

O ex-major do Exército Ailton Barros falou sobre um golpe de Estado por áudios no WhatsApp com o tenente-coronel Mauro Cid. As informações são da CNN Brasil.

Áudios fazem parte da investigação da Polícia Federal, segundo a CNN Brasil; Cid e Barros foram presos ontem em operação da Polícia Federal que apura um esquema de fraude em comprovantes de vacina contra covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ailton Barros mandou áudios a Cid propondo golpe. “O conceito da operação: entre hoje e amanhã, tem que continuar pressionando Freire Gomes [comandante do Exército] para que ele faça o que tem que fazer”, diz ele na mensagem de 15 de dezembro.

Um pronunciamento de Freire Gomes seria melhor, na opinião do ex-major, porque “aí vai ser tudo dentro das quatro linhas”.

Bolsonaro deveria se manifestar “para levantar a moral da tropa, que está abalada em todo o Brasil”, caso o comandante do Exército não se manifestasse, na opinião do ex-major.

“Estamos todos quase jogando a toalha”. “No agronegócio, caminhoneiros, meio empresarial, cidadão comum, estamos todos quase jogando a toalha”, diz Barros.

Ele sugeriu prisão de Alexandre de Moraes e decreto de GLO. “Se for preciso, vai ser fora das quatro linhas”, continua:

“Nos decretos e nas portarias assinadas, tem que ser dada a missão de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele, como ele faz com todo mundo. Na segunda-feira, assinar os decretos de Garantia da Lei e da Ordem e botar as Forças Armadas para agir, senão nunca mais vamos limpar o nome do Exército”.

De acordo com a emissora, não foi possível saber o que Mauro Cid respondeu.

Operação da PF prendeu ex-ajudante e mais 5

A Polícia Federal prendeu os militares ontem em operação que investiga um esquema de fraude em comprovantes de vacinação contra covid-19. Além de Mauro Cid e Ailton Barros, mais quatro também foram presos: o sargento Luís Marcos dos Reis, os ex-assessores de Bolsonaro Max Guilherme Machado do Santos e Sérgio Rocha Cordeiro, e o secretário de Saúde de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

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