Polícia

Alvos em Goiás da Operação Contragolpe, que planejava matar Lula, Alckmin e Moraes

Tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo foi preso e capitão Lucas Guerellus alvos de investigação da Polícia Federal – Foto: Reprodução/Redes Sociais e TV Anhanguera

Alvos da Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF) em Goiânia, nesta terça-feira (19), os militares do Exército Brasileiro, tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo foi preso, enquanto o capitão Lucas Guerellus foi alvo apenas de busca e apreensão, sem ordem de prisão. A operação investiga uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado e os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme a PF, as investigações apontam que a organização criminosa usou de elevado conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas entre novembro e dezembro de 2022. O objetivo seria impedir a posse do governo eleito democraticamente nas Eleições de 2022 e restringir o exercício do Poder Judiciário, conforme mostrou a apuração.

Rodrigo Bezerra de Azevedo preso pela PF, tm seu currículo Lattes, atualizado no dia 4 deste mês, o militar destaca experiência e interesse acadêmico em áreas como defesa, operações especiais, relações internacionais, organizações internacionais e terrorismo internacional.

Lucas Guerellus, alvo de busca e apreensão, ingressou no serviço público em 10 de fevereiro de 2007, de acordo com o Portal da Transparência. Ele é lotado em Goiás, com histórico de cargos como primeiro-tenente, capitão e segundo-tenente.

A PF identificou que, entre as ações criminosas, havia um planejamento detalhado chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado em 15 de dezembro de 2022. O plano incluía os assassinatos do presidente e do vice-presidente eleitos, além de ações contra ministros do STF.

A investigação também aponta que os envolvidos elaboraram um planejamento logístico que especificava recursos humanos e bélicos necessários para as ações, incluindo o uso de técnicas militares avançadas e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, integrado pelos próprios investigados.

PF recuperou arquivos eletrônicos

Segundo o blog de Camila Bomfim, a PF identificou os alvos após analisar dados de militares já investigados no inquérito. Parte das evidências foi recuperada de aparelhos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que haviam sido apagados e restaurados pelos investigadores.

Outras evidências foram extraídas de aparelhos celulares de outros militares. Em fevereiro deste ano, uma operação relacionada ao mesmo inquérito prendeu militares do Exército e um ex-assessor da Presidência, além de realizar buscas contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nota de Exército

Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército confirmou a prisão dos militares e destacou que os integrantes da ativa não participaram da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Cúpula do G20. De acordo com o Exército, o general Mário Fernandes e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima estavam no Rio de Janeiro para participar de cerimônias de conclusão de cursos de familiares e amigos.

O órgão informou ainda que o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo “deslocou-se para a guarnição, a serviço, para participar de outras atividades e não integrava o efetivo empregado na operação de GLO”. Já o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira estava afastado do serviço devido a medidas cautelares impostas pela Justiça.

“Este Centro informa, ainda, que a Força não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”, concluiu a nota.

Integra da Nota do Exército Brasileiro

O Centro de Comunicação Social do Exército informa que na operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 19 de novembro de 2024, foram presos o General de Brigada Mario Fernandes, da Reserva, e os Tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Rafael Martins de Oliveira. Os militares da ativa não se encontravam participando da Operação de GLO na Cúpula do G20.

O General Mário Fernandes e o Tenente-Coronel Hélio Ferreira Lima encontravam-se no Rio de Janeiro para participar de cerimônias de conclusão de cursos de familiares e amigos. O Tenente-Coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo deslocou-se para a guarnição, a serviço, para participar de outras atividades e não fez parte do efetivo empregado na operação de GLO. O Tenente-Coronel Rafael Martins De Oliveira já se encontrava afastado do serviço por medidas cautelares determinadas pela justiça.

Este Centro informa, ainda, que a Força não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República.

fonte: g1

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