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Ana Hickmann está endividada e pode sofrer bloqueio judicial de bens

Uma nova notícia sobre Ana Hickmann explodiu nesta sexta-feira (17/11). Desta vez, o assunto são as contas bancárias da famosa, que recebe um alto salário na TV, além de ser dona de uma bem-sucedida marca.

Segundo o Notícias da TV, enfrentando uma crise financeira, a apresentadora da Record, pode perder um de seus imóveis. Dentre as dívidas, aparecem empréstimos milionários em bancos conceituados e até mesmo contas básicas, como água, gás e condomínio.

Para advogados e gestores e a resposta mais comum é a de que há vários indícios de má gestão/governança, agravada pela pandemia de Covid-19. Os negócios de Ana são administrados pelo marido, e os problemas financeiros, que começaram em 2021, foram o motivo da crise pela qual passa o casal, junto há 25 anos, mas separado desde o último sábado (11), quando Correa a agrediu em sua casa em Itu, na frente do filho e de funcionários.

De acordo com a avaliação de especialistas, Ana tem patrimônio e potencial de fazer receitas para sair do buraco, embora isso não seja tão simples. Ela possui imóveis que seriam suficientes para pagar as dívidas conhecidas até agora. Um deles, um terreno no Pacaembu (zona oeste de São Paulo), está à venda na plataforma Viva Real por R$ 6,5 milhões. Possui outros dois apartamentos em São Paulo que valeriam por volta de R$ 6 milhões. E vive em uma casa gigantesca (2.600 metros quadrados em um condomínio de luxo de Itu).

Além disso, Ana Hickmann recebe por volta de R$ 300 mil mensais da Record e empresta seu nome para linhas de roupas, acessórios, óculos e cosméticos e para franquias de lojas de depilação e de escola de beleza, entre outros negócios.

As 420 unidades Maislaser (depilação) e o Instituto/Escola Profissionalizante Ana Hickmann faturaram no ano passado R$ 150 milhões, segundo informações divulgadas pelas próprias empresas. Para este ano, a previsão é de chegar a 500 lojas e R$ 250 milhões de receita bruta. Ana tem 20% da Maislaser e recebe de 4% a 5% de participação nas vendas de produtos com seu nome.

Notícias recentes, no entanto, mostram que as franquias da apresentadora passam por turbulências. Em abril, a colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles, descobriu que a rede de depilação de Ana Hickmann “estava ruindo”, com o fechamento de “várias unidades” no Rio de Janeiro e franqueados reclamando que o negócio não dava o retorno prometido, que tinham prejuízo.

Nesta semana, o portal Leo Dias revelou que uma franqueada do Instituto Ana Hickmann em Betim (MG) está acusando a apresentadora, o marido e o cunhado (Gustavo Correa, gestor de franquias) de “propaganda enganosa, ameaças e coerção.”

No site ReclameAqui, uma cliente da rede relatou em outubro o fechamento de unidade em Campinas (SP) depois de ter pago R$ 5.000 por dois cursos. “A franquia fechou antes de finalizar meu curso e se recusa a proceder com o reembolso”, protestou.

Indícios de má gestão

Para um consultor empresarial, especialista em assuntos tributários, ouvido pelo Notícias da TV sob a condição de não ter seu nome revelado, há vários indícios de gestão amadora do patrimônio de Ana Hickmann, a cargo de Alexandre Correa.

O mais evidente deles é o fato de a principal empresa do casal, a Hickmann Serviços, estar devendo R$ 1,7 milhão de impostos para o governo federal. A dívida está sendo cobrada na Justiça Federal, que pode determinar o bloqueio de bens, quando poderia ter sido negociada com desconto de pelo menos 40% nos juros e multas e paga em até 60 parcelas. “Isso sugere que houve desleixo ou falta de interesse em negociar”, diz o consultor.

Outro indicador de descontrole administrativo é o fato de o casal ter tomado empréstimos bancários sucessivos, possivelmente para pagar outros empréstimos ou dívidas. A bola de neve financeira começou com R$ 2,166 milhões obtidos junto ao Banco do Brasil em setembro passado e terminou em junho deste ano com R$ 1,601 milhão no Banco Safra. Ao todo, foram R$ 7,5 milhões de empréstimos bancários em apenas nove meses.

Foi em junho último que o mercado percebeu que a Hickmann Serviços, Ana Hickmann e Alexandre Correa tinham deixado de ser bons pagadores. Desde então, foram impetradas 14 ações de execução judicial de dívidas. E não conseguiram mais empréstimos.

“Me parece que perderam a mão da administração. Uma série de questões pode ter levado à crise financeira, não só má administração, mas também fatores externos, como a  pandemia. Tentaram apagar incêndio e foram assinando contratos de empréstimos, entrando numa ciranda financeira. E não há casamento que resista a crise financeira”, opina o advogado criminalista Gil Ortuzal.

Para o especialista, houve um problema de gestão de crise, que poderia ter sido solucionado com a venda de imóveis. “Pela minha experiência, diria que não quiseram se desfazer de patrimônio, quiseram continuar andando em carro de de R$ 2 milhões”, diz

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