Apesar de convidados, o secretário de Cultura de Aparecida e presidente da CUFA-GO ignoram a Câmara de Vereadores

Na semana passada, os vereadores aprovaram, por meio do requerimento Nº 197/2023 convite ao secretário municipal de Cultura de Aparecida de Goiânia, Eric Magalhães de Oliveira Sousa, o diretor executivo de Cultura João Batista Ribeiro e ao Presidente da Central Única das Favelas do Estado de Goiás (CUFA-GO), Breno Rodrigues Lemes Cardoso, para explicarem a real destinação das verbas destinadas ao “Apaerecida é Show 2023”. Formalmente convidados não compareceram.

O intuito do chamamento seria debater, em plenário, detalhes do evento “Aparecida é Show”, patrocinado pela Prefeitura da cidade, e que também contará com edições do “Top CUFA Etapa Aparecida” e “CUFA em Ação”.

Apesar do convite frustrado, os vereadores aproveitaram a Sessão para debaterem sobre o tema.

Inicialmente, André Fortaleza tratou como um desrespeito o fato do convite não ter sido aceito, mas relatou que recebeu um ofício enviado pela CUFA-GO, tratando sobre o contrato realizado com a Prefeitura, a respeito do evento “Aparecida é Show”. O documento dizia que o processo com a Prefeitura ainda tramita na Secretaria de Cultura e que ainda não foi liquidado, uma vez que o evento também não foi realizado.

Inicialmente, André Fortaleza tratou como um desrespeito o fato do convite não ter sido aceito, mas relatou que recebeu um ofício enviado pela CUFA-GO, tratando sobre o contrato realizado com a Prefeitura, a respeito do evento “Aparecida é Show”. O documento dizia que o processo com a Prefeitura ainda tramita na Secretaria de Cultura e que ainda não foi liquidado, uma vez que o evento também não foi realizado.

Sobre os gastos com evento em geral, André Fortaleza destacou principalmente os altos custos com pessoal e também citou, como exemplo, que a segurança dessa edição do “Aparecida é Show” terá até trinta e cinco cães farejadores, algo que, para ele, seria acima até do contingente usado em ações da Polícia Militar.

Continuando, o Presidente também denunciou que vários servidores da Prefeitura estão sendo pressionados a trabalharem no evento, o que também foi dito pelo vereador Gleison Flávio.

Vice-presidente da Câmara de Aparecida, vereador Gleison Flávio.

Gleison Flávio revelou ainda ” Eu fiz o requerimento convidando a CUFA para maiores esclarecimentos pois o plano de trabalho deles está comigo e muitas coisas não estão batendo com a realidade de Aparecida. Existe 150 diárias de bombeiros brigadistas, existe 750 diárias de banheiros químicos e mais 100 de PCD que não comporta pela realidade da festa, com gasto superior a R$ 180.000,00 ( Cento e oitenta mil reais) e não há essa necessidade, existe ainda a diária de 35 cães cuja nem a polícia militar do Estado de Goiás tem essa quantidade de cães. Nós temos uma empresa de formação no município legitimamente Aparecidense com nome de Águia Resgate que são formadores de Brigadistas e Bombeiros Civis que fizeram a proposta para CUFA com diária no valor de R$ 150,00 ( Cento e cinqüenta reais), abaixo da tabela e eles não aceitaram e na tabela da CUFA o valor que irão pagar é de R$ 250,00 ( Duzentos e cinqüenta reais) e ainda esqueceram de incluir extintores de incêndio e não colocaram uma ambulância e o gasto de R$ 70.000,00 (Setenta mil reais) com fogos de artificio e R$ 15.000,00 (Quinze mil reais) com locutor que é funcionário da prefeitura e a lei diz que não pode, além das 570 diárias de seguranças desarmados e em primeira mão para o Jornal Universo Online, será repassado para CUFA R$ 1.890.000,00 ( Um milhão e oitocentos e noventa mil reais ) e mais de R$ 400.000,00 ( Quatrocentos mil reais ), que poderá ser arrecadado com merchandising. Além dos shows pagos pela prefeitura, essa festa vai ter um gasto de mais de R$ 5.000.000,00 ( Cinco milhões de reais ), que dariam para construir 4 Cmeis que colocaria mais de 800 crianças para estudar ou a reforma de cerca de 8 à 10 escolas ou a construção de 4 UBS de pequeno porte. A festa é louvável, mas não é a época para esses gastos, concluiu o vereador Gleison Flávio.

Por sua vez, o vereador Willian Panda disse valorizar o papel fiscalizador de cada vereador, até como forma de acompanhar se está tudo dentro da legalidade, porém, destacou a importância em investir em cultura, ainda mais em uma festa de caráter popular. O vereador Roberto Chaveiro também se colocou como defensor da festa.

Já o líder do Prefeito na Câmara, vereador Isaac Martins, reconheceu que a cidade tem problemas, mas lembrou que essa festa, durante o aniversário de Aparecida, já é uma tradição. Ele também explicou que antigamente o período diurno do evento ficava ocioso e que agora será ofertado vários serviços por meio da CUFA. Referente aos gastos do ano passado com cachês para cantores, Isaac disse que no total houve uma redução de quase um milhão, o que foi rebatido pelo Presidente André, ao lembrar que, por se tratar do centenário de Aparecida de Goiânia, a festa de 2022 teve quase dez dias de shows, com um número bem maior de atrações.

Issac Martins, lider do Prefeito na Câmara

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