Brasil

Após pente fino, 1,4 milhão de famílias foram excluídas do Bolsa Família

Segundo o ministro Wellington Dias, Cerca de 1 milhão foram excluídas por ferirem algum critério do programa, como renda per capita familiar acima do estipulado, e quase 400 mil por ferirem regras sobre cadastro unipessoais.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, divulgou, nesta sexta-feira (3/3), que o governo excluiu do Bolsa Família 1,4 milhão de famílias que vinham recebendo o benefício de maneira indevida. O pente fino no auxílio ocorreu após o Tribunal de Contas da União (TCU) apontar irregularidades devido ao número recorde de beneficiários, que supera 22 milhões de famílias. 

No mês passado, o ministro já havia informado ter indícios de que 2,5 milhões de famílias recebiam o benefício de maneira indevida. Nesta sexta, durante coletiva de imprensa sobre a reformulação do programa — assinada na quinta-feira (2) pelo presidente Lula —, Wellington Dias confirmou que, com a exclusão de 1,4 milhão dessas famílias, ainda há cerca de 1 milhão recebendo o pagamento de forma incorreta.

Segundo os dados apresentados pelo ministério e por secretários da pasta, dos 1.479.915 que foram excluídas do Bolsa Família em março, 393,5 mil foram feriram as regras sobre o cadastro de famílias unipessoais. Cerca de 1 milhão foram excluídas por ferirem algum critério do programa — como renda per capita familiar acima do estipulado — e 4,1 mil deixaram o programa voluntariamente.

De acordo com o ministro, o número exato de beneficiários irregulares só sai com a conclusão da revisão do cadastro. “Mas são muito fortes os indícios de que, no mínimo, mais de 1 milhão não preenchem os requisitos”, afirmou. Ainda segundo o ministro, a saída de beneficiários irregulares liberou R$ 471 milhões do programa, que poderão ser usados para novos beneficiários.

CadÚnico passa por fiscalização assustando os beneficiários do Bolsa Família (Imagem: FDR)

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