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Atirador de Buffalo escreveu na escola que queria cometer um massacre

Apesar de a polícia ter investigado a ameaça, reportada pelos professores de Payton Gendron, o jovem assassinou dez pessoas 

O jovem de 18 anos que neste sábado (14) matou dez e feriu outras três, em sua maioria negras, em um supermercado na cidade de Buffalo, no estado de Nova York, escreveu, quando estava no ensino médio, que queria cometer um tiroteio em massa, segundo informou o The Wall Street Journal.

O jornal, que cita um agente envolvido na investigação, garantiu ainda que os professores informaram a situação à polícia.

Joseph Gramaglia, comissário de polícia de Buffalo, reconheceu durante uma entrevista realizada neste domingo que, em junho de 2021, o atirador, identificado como Payton Gendron, fez uma “ameaça generalizada, mas não uma ameaça específica direcionada a um lugar ou uma pessoa”.

Gramaglia, que não deu mais detalhes sobre essa ameaça, limitou-se a informar que a polícia investigou o ocorrido, interrogou o jovem e em seguida o transferiu para um manicômio para que fosse avaliado.

De acordo com o The Wall Street Journal, o jovem foi solto um dia depois.”Eles fizeram seu trabalho no mais alto nível que podia ser feito naquele momento”, argumentou Gramaglia, que não aceitou mais perguntas.

No sábado (14), Payton Gendron se deslocou de carro de Conklin, uma cidade 320 quilômetros a sudeste de Buffalo, e parou no estacionamento do supermercado Tops por volta das 14h30 (horário local, 15h30 de Brasília). O jovem saiu armado do veículo, usando colete à prova de bala, capacete e uma câmera, com a qual transmitiu o massacre ao vivo pela plataforma Twitch, pertencente à Amazon, antes de se entregar à polícia.

As autoridades estão investigando o que aconteceu como um ataque terrorista e um crime de ódio baseado, entre outras coisas, em um manifesto que o jovem aparentemente deixou escrito.

O bispo batista Darius Pridgen assegurou hoje, durante uma missa em homenagem às vítimas, que Gendron, que é branco, escreveu no texto que queria matar todos os negros.

Por sua vez, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, declarou que o atirador também escreveu que havia escolhido cometer o massacre naquele bairro por ser de maioria negra.

“Este não foi um ato aleatório de violência. Já vimos o suficiente disso. Vemos o que acontece quando há muitas armas em nossas ruas e as pessoas ficam com raiva ou estão no meio de uma batalha de gangues e há vítimas inocentes”, lamentou Hochul. 

fonte: R7

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