Ato na Avenida Paulista, Bolsonaro pede anistia para condenados do 8 de janeiro

Bolsonaro e Michelle Bolsonaro em ato na Paulista a favor da anistia – Foto: Reprodução/Redes sociais
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores, participaram de um ato na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, na tarde deste domingo (6), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pedia a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, o maior ataque às instituições da República desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.
Participaram do ato na Avenida Paulista, sete governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Ronaldo Caiado (Goiás), Wilson Lima (Amazonas), Ratinho Júnior (Paraná) e Mauro Mendes (Mato Grosso).
A manifestação reuniu cerca de 44,9 mil pessoas, segundo a metodologia utilizada pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Cebrap e a ONG More in Common, que consiste em usar imagens da multidão, capturadas por drones.
A contagem foi feita no momento de pico da manifestação, às 15h44, a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.
Há 3 semanas, uma outra manifestação, no Rio de Janeiro, também convocada por Bolsonaro e aliados, reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, segundo a mesma metodologia.
Uma das primeiras lideranças a discursar foi o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que fez ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “covarde”, e ao ministro Luiz Roberto Barroso, a quem comparou a um bandido. Ele reforçou seu apoio a Jair Bolsonaro (PL-RJ) e afirmou que o ex-presidente foi perseguido pelo STF.
Em seu discurso, o ex-presidente questionou a sua inelegibilidade, decretada pelo TSE, por abuso de poder político ao ter feito críticas ao sistema eleitoral brasileiro em uma reunião com embaixadores. Bolsonaro ainda lembrou que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) também está inelegível. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral goiano (TRE-GO) considerou que o atual prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), foi favorecido nas eleições do ano passado em encontros promovidos por Caiado na sede do governo de Goiás.
“Me acusam de golpe de Estado, segundo a Polícia Federal, do Alexandre de Moraes, do [delegado] Fabio Schor, que começou em julho de 21 em uma live. Você começou a dar um golpe de Estado numa live. Quem deu um golpe em outubro de 2022? Quem tirou o Lula da cadeia?”, questionou Bolsonaro na Avenida Paulista.
“O atual sistema busca cada vez mais tirar da cédula eleitoral do ano que vem, as lideranças de direita. O Caiado está aqui inelegível, vai recuperar a legibilidade dele se Deus quiser. Eu estou inelegível porque me reuni com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão como Lula fez”, em referência a uma ida do então candidato petista à favela carioca durante a campanha presidencial de 2022.
“O atual sistema busca cada vez mais tirar da cédula eleitoral do ano que vem, as lideranças de direita. O Caiado está aqui inelegível, vai recuperar a legibilidade dele se Deus quiser. Eu estou inelegível porque me reuni com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão como Lula fez”, em referência a uma ida do então candidato petista à favela carioca durante a campanha presidencial de 2022.

Ato na Paulista pede anistia a condenados por 8 de janeiro – Foto: TV Globo