Polícia

Ator e influenciadora são presos por desviar doações ao RS

O ator José Aldanísio Paiva da Silva e a apresentadora Regina Jorge Belo da Fonseca, ambos de 50 anos, foram presos em Fortaleza

Nesta quinta-feira, 13, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu um casal acusado de fraudar centenas de chaves Pix para desviar doações destinadas ao Estado, que recentemente foi afetado por fortes chuvas e enchentes. O casal, composto por um ator e uma influenciadora digital, ambos com 50 anos, foram detidos em Fortaleza (CE), onde residem.

De acordo com investigações, a fraude envolvia o uso de documentos falsos para abrir contas bancárias. Em seguida, o casal criava chaves Pix semelhantes às utilizadas em campanhas de doação para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, alterando um dígito da chave verdadeira para desviar os valores das contribuições.

Entre os alvos da fraude estavam campanhas organizadas por influenciadoras digitais para arrecadar dinheiro destinado ao cuidado de animais resgatados das enchentes. Ao todo, foram descobertas 235 chaves Pix fraudadas.

As prisões fazem parte da Operação Dilúvio Moral, que visa combater fraudes, golpes e atentados a serviços de utilidade pública durante o período de calamidade enfrentado pelo Rio Grande do Sul. Além dos mandados de prisão preventiva, os acusados também responderão pelo crime de falsificação de documentos.

A operação foi realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do RS, com o apoio da Polícia Civil do Ceará.

Segundo o diretor da Divisão de Investigação Criminal do Deic, delegado Eibert Moreira Neto, os dois pegavam campanhas reais e faziam chaves Pix parecidas. “Inclusive, duas pessoas que eles forjaram as chaves Pix eram (de) duas influencers com bastante seguidores nas redes sociais, que defendem a causa animal”, disse ele.

Além dos mandados pelas fraudes que eram feitas com a criação de chaves Pix para desviar dinheiro das campanhas, o casal também foi autuado em flagrante por falsificação de documento.

Policiais civis do Rio Grande do Sul viajaram mais de 4 mil quilômetros para o cumprimento da prisão preventiva da dupla decretada pela Justiça.

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