Banco do Brasil cancela patrocínio após ministro da Agricultura ser desconvidado da Agrishow
O Banco do Brasil afirmou que ainda estará no evento “por meio de sua atuação comercial” e ficará atento para “qualquer desvio das finalidades negociais previstas”.
“Descortesia e mudança de caráter de um evento institucional de promoção do agronegócio para um evento de características políticas e ideológicas. Ou é uma feira de negócios plural e apartidária ou não pode ter patrocínio público”, disse o ministro-chefe da Secom.
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, negou interferência e disse que esse tipo de decisão “não cabe” à Secretaria. Mais cedo, Pimenta havia dito que, “pela descortesia” com Fávaro, “não se justifica mais o patrocínio”.
Para evitar um encontro do governo Lula (PT) com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a organização da feira de agropecuária havia pedido para que Fávaro não fosse ao evento de abertura.
Ao mesmo tempo que o ministro tenta retomar as relações com o setor agropecuário, após novas invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), ele também poderia ser questionado sobre medidas proativas do governo para conter o movimento.
O ministro cancelou a ida ao evento deste ano, que ocorre entre os dias 1 e 5 de maio. O Agrishow será a primeira agenda pública de Bolsonaro desde seu retorno ao Brasil. O ex-presidente planeja ir acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A assessoria da Agrishow informou na noite de hoje que ainda não tem um posicionamento oficial sobre o episódio, pois “a direção da feira ainda não recebeu comunicado oficial algum do BB”.