Barsi e Parisotto: os segredos dos maiores investidores da Bolsa
Dois maiores investidores do Brasil, 15 bilhões de fortuna e algumas dicas de investimento para você. Confira!
Com mais de 50 anos de experiência no mercado financeiro cada um, Luiz Barsi Filho, 83 anos, e Lírio Parisotto, 68, estão na lista dos maiores investidores pessoa física da bolsa brasileira. Parisotto tem uma fortuna estimada em R$ 11 bilhões, e Barsi, de cerca de R$ 4 bilhões.
Ambos seguem a estratégia buy and hold, que consiste em comprar uma ação e mantê-la na carteira por muito tempo, e buscam investir em empresas que apresentam resultados sólidos e são boas pagadoras de dividendos.
“Não existe hora certa de entrar na bolsa. O segredo é manter a constância. Quem investe de forma constante irá pegar o mercado quando tiver bem e quando não estiver, e vai ser beneficiado no longo prazo” afirmou Parisotto.
Em relação à sua carteira de investimentos, Parisotto afirmou que investe no máximo em 12 ações. “Eu falo em 12 ações, porque não tenho personalidade para investir em uma só. Me falta personalidade”, brincou. A estratégia de ser focada em poucas ações acontece porque, segundo ele, no decorrer do ano, o bom desempenho da carteira vem de duas ou três empresas no máximo. “Elas carregam o resultado da carteira.”
Ele disse que não existe “dica quente do mercado” e que o investidor que precisa se atualizar, saber avaliar o cenário e, principalmente, o balanço das companhias.
Para quem está pensando em começar a investir, a orientação do bilionário foi escolher duas companhias do elétricas, siderúrgicas, setor de petróleo, mineradora e bancos: Taesa (TAEE11), Copel (CPLE6) e Gerdau (GGBR4). São excelentes empresas.”
Parisotto chamou a atenção também para Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4), que distribuíram, juntas, R$ 160 bilhões em dividendos no ano passado.“São empresas com histórico e solidez. Empresas para casar.”
Barsi reforçou, assim como Parisotto, que prefere a concentração de papéis em um portfólio em vez da diversificação. E que sua estratégia foi sempre reinvestir os dividendos ao longo do ano.
Destacou duas companhias, a Auren Energia (AURE3), ex-Cesp, e a Vibra Energia (VBBR3). Segundo ele, são projetos interessantes.