Ao menos 42 pessoas morreram e outras 15 estão internadas desde terça-feira (13) após a ingestão de bebida alcoólica clandestina no distrito de Saran, no estado indiano de Bihar. As informações são do jornal The Times of India.
As famílias das vítimas disseram que os doentes haviam consumido bebidas caseiras em um bar local. De acordo com o jornal local, o número de vítimas atualizado pelo balanço das unidades de saúde ainda não teve confirmação oficial, que, até o momento, trabalha com o número de 30 mortos.
Os primeiros casos foram relatados na manhã de quarta-feira (14), quando mais de 10 pacientes com sintomas como dor de estômago, dor de cabeça, perda de visão, falta de ar e vômitos começaram a ser tratados em um hospital local. Um acampamento médico foi montado em aldeias onde casos estão sendo relatados para oferecer tratamento inicial aos doentes.
O superintendente de polícia Santosh Kumar afirmou que uma equipe de investigação foi mobilizada para realizar operações “contra os responsáveis pelas mortes”. Até o momento, quatro pessoas foram presas. A agência de notícias AFP informou que 22 autópsias já confirmaram a intoxicação por bebida alcoólica adulterada, de acordo com Sagar Dulal Sinha, diretor do hospital do distrito de Saran.
Nitish Kumar, ministro-chefe Bihar, que, em 2016, proibiu o consumo de álcool no estado, fez um pronunciamento forte sobre os relatos de morte após contaminação. “Se alguém consumir bebida alcoólica, morrerá”.
O governante defendeu a política de lei seca ao dizer “um grande número de pessoas abandonou o álcool”. Desde a proibição, várias intoxicações por bebidas clandestinas já haviam sido relatadas, mas, desta vez, são várias fatalidades em um curto período.
De acordo com a AFP, 40% do consumo de álcool na Índia se dá a partir de produções ilegais, que adulteram bebidas para elevar o nível alcoólico, segundo dados da Associação Internacional de Vinhos e Bebidas da Índia. Atualmente o país consome cerca de 5 bilhões de litros de bebidas alcoólicas por ano.
