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Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF

Polícia Federal (PF) também investiga blitze da PRF, comandada por Vasques, no dia do segundo turno da eleição.

O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta terça-feira (20) a exoneração de Silvinei Vasques da função de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Silvinei Vasques se tornou réu por improbidade administrativa em 25 de novembro deste ano, após ser acusado de uso indevido do cargo que ocupava, bem como de símbolos e imagem da instituição policial durante as eleições presidenciais.

Durante a realização do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, a PRF realizou operações em diversas estradas. Eleitores reclamaram que a atuação dificultou a locomoção para os locais de votação.

O diretor-geral da PRF, desde o começo das eleições, fez postagens em redes sociais com mensagens de cunho eleitoral. Ele chegou a pedir explicitamente voto para o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), fato que gerou repercussão nas redes sociais e foi noticiado pela imprensa na época.

Para o MPF, os atos já seriam extremamente graves se tivessem se restringido ao âmbito interno da Polícia Rodoviária Federal, em vista dos poderes administrativos e hierárquicos exercidos pelo diretor-geral.

Além disso, um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) investiga blitze da PRF no dia do segundo turno da eleição: contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.

A conduta de Silvinei é alvo de investigação diante dos bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores de Bolsonaro depois que ele perdeu a eleição. O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.

O subprocurador-geral da República, José Adonis, classificou a conduta da direção-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o dia da eleição do segundo turno e durante os protestos que bloqueiam rodovias pelo país como “absolutamente incompatível”.

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