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Cachês de milhões: entenda como a polêmica foi de tatuagem de Anitta a shows caros de Gusttavo Lima

Zé Neto, dupla de Cristiano, causou crise entre sertanejos ao citar a cantora para criticar artistas que recebem recursos da Lei Rouanet

A contratação de artistas com dinheiro público virou tema de debate nas redes sociais desde que Zé Neto, da dupla com Cristiano, citou uma tatuagem íntima de Anitta para criticar cantores que recebem recursos da Lei de Incentivo à Cultura, também conhecida como Lei Rouanet. A polêmica passou a envolver outros famosos do universo sertanejo e chegou até Gusttavo Lima, que teve expostos os contratos de valores altíssimos com prefeituras para se apresentar em algumas cidades. Entenda, a seguir, detalhes de como começou essa treta e como ela se desenrolou até agora.

No dia 12 de maio, Zé Neto citou uma tatuagem íntima de Anitta para criticar artistas que recebem dinheiro por meio da Lei Rouanet. O discurso aconteceu durante um show no Mato Grosso do Sul. “Sorriso, Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia”, começou o cantor. “Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, o nosso cachê quem paga é o povo, a gente não precisa fazer tatuagem pra mostrar se a gente tá bem ou não, a gente vem simplesmente aqui e canta”, acrescentou, sem citar o nome da cantora.

A cidade de Curvelo, também no interior de Minas Gerais, planeja gastar ao menos R$ 1,4 milhão com a contratação de seis grandes artistas brasileiros que irão participar do tradicional Forró de Curvelo, em julho deste ano. Léo Santana, Bruno e Marrone, Tarcísio do Acordeon, Zé Vaqueiro, Banda Saia Rodada e Falamansa vão fazer shows no evento. Apesar de gastar esse montante com o festival, o município não investiu o mínimo de 25% da receita de impostos na área da educação em 2021, como exige a Constituição.

Porém, os holofotes desta polêmica estão em torno de Gusttavo Lima, pois ele tem cachês com valores exorbitantes. No dia 25 de maio, o Ministério Público de Roraima instaurou um inquérito para investigar a contratação de um show do cantor no valor de R$ 800 mil pela prefeitura de São Luiz.

Depois da abertura da investigação,o cantor pronunciou por meio de uma nota assinada por seu advogado, Cláudio Bessas. Ele afirmou que não cabe a Gusttavo fiscalizar as contas públicas. “Toda contratação do artista por entes públicos federados são pautados (sic) na legalidade, ou seja, de acordo com o que determina a lei de licitações. Com relação à verba para realização de ‘show artístico’, cabe ao ente público federado agir com responsabilidade na sua aplicação”, diz o texto. “Qualquer ilegalidade cometida pelos entes públicos, seja na contratação de show artísticos ou qualquer outra forma de contração com o setor privado, deverá ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas e, se apurada qualquer ilegalidade, deverá ser encaminhada para a Justiça competente para julgar o ilícito eventualmente cometido”, finaliza

Na noite da segunda-feira (30), o cantor fez uma live para falar sobre o assunto. Durante o vídeo, ele disse que está sofrendo perseguição e por esse motivo está “quase jogando a toalha”. O sertanejo chegou a chorar e pediu o fim das críticas feitas a ele. “Nunca pensei que ser bem-sucedido no Brasil traria tanta inveja, tanta coisa ruim. Às vezes dá vontade de sumir para ver se essa perseguição acaba. Vocês podem ter certeza que sou um cara 100% correto, 100% honesto nas minhas coisas”, disse. “Estou cansado, quase jogando a toalha. É triste ser tratado como um criminoso, um bandido, aguentando tanta gente me batendo, me esculhambando”, completou

Fonte : R7

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