Carrões da Hebe: coleção tem novo destino após morte de sobrinho
A coleção de cinco carros Mercedes-Benz que pertenceu a Hebe Camargo será desmembrada após a morte de Claudio Pessutti, sobrinho da apresentadora e responsável por administrar o seu acervo.
Morto em janeiro do ano passado, devido a complicações da covid-19, Claudio morava com a mulher, Helena Caio Pessutti, na mansão de Hebe no bairro Cidade Jardim, na capital paulista. Os veículos ainda estão guardados no imóvel, cujas negociações para a respectiva venda estão ” bastante avançadas”.
É o que conta Helena em conversa. Ela revela que três dos automóveis de luxo também serão vendidos – um S 65 AMG branco 2007, o último carro adquirido por Hebe, falecida em 29 de setembro de 2012, aos 83 anos; outro S 65 AMG, na cor preta, ano 2003; e também um CLS 500 2005.
Já o conversível SLK 230 prata 1998 e o sedã executivo S 600L branco 2001 ficarão sob a guarda de Marcello Camargo, filho da apresentadora, para futura exibição em eventos sobre o legado de Hebe.
“O Claudio era muito ciumento e apegado com esses carros, tanto que não vendeu nenhum. Mas não vou conseguir andar neles, trazem muitas lembranças dele e é muito triste. Não sou colecionadora e não tem por que ficar com os veículos”, diz a empresária.
Helena conta que a decisão sobre quais carros serão mantidos no acervo foi tomada em comum acordo com Marcello e Claudio Pessutti Filho, seu enteado.
Ela acrescenta que o inventário dos bens do seu marido acaba de ser concluído e os três Mercedes serão disponibilizados para venda em breve.
A frota dos carrões de Hebe foi tema de duas reportagens publicadas em 2020 por UOL Carros
“Ela mesma dirigia os carros e os usava muito para ir ao cabeleireiro e também para almoçar com as amigas. De resto, para ir ao trabalho e a jantares, o Claudio estava sempre com ela e assumia o volante”, relembra Helena, que viveu durante quase 15 anos ao lado do sobrinho e “braço direito” de Hebe.
Mercedes-Benz blindados
Segundo o sobrinho, que também foi empresário da apresentadora, sua tia era fã declarada da fabricante alemã e há muito tempo sua garagem só tinha lugar para automóveis da marca alemã.
Pessutti contou que sua tia comprava os carros não em uma concessionária e sim na sede da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
“Ela foi várias vezes almoçar lá na fábrica com o presidente da Mercedes. Foi em um desses almoços que a Hebe escolheu todos os itens do S 65 2007, desde a cor do painel até o estofamento. Tudo nesse carro foi instalado de acordo com o gosto dela”.
Feito sob encomenda, de acordo com as preferências da comunicadora, o último carro de Hebe Camargo era na época o sedã mais potente do mundo e também o modelo mais completo e caro da Mercedes – perdendo apenas para os veículos da Maybach, divisão de alto luxo da montadora.
Equipada com motor 6.0 V12 biturbo construído a mão, a “nave” de 5,2 metros de comprimento tem desempenho de superesportivo: são 612 cv de potência e 102 kgfm de de torque, gerenciados pela transmissão automática de cinco marchas. Segundo a Mercedes, a aceleração de zero a 100 km/h acontece em apenas 4,4 segundos.
Pessutti acrescentou que Hebe, inclusive quando já era octogenária, fazia questão de dirigir ela mesma seus carros no dia a dia, dispensando motorista particular e segurança. Eventualmente, o sobrinho assumia o volante, para dar mais conforto à tia.
“Ela não escolheu os veículos pela elevada potência e sim pelo estilo, pela importância. Não fazia questão de saber a quantidade de cilindros do motor, embora dirigisse muito bem”.
Fonte: uol