Polícia

Caso Jaó: Tribunal do Júri condena Raissa Nunes e Jeferson Cavalcante pela morte de Ariane Bárbara; penas somam mais de 29 anos de prisão

Os réus Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues foram condenados pelo assassinato da jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, e também por esconder o corpo em uma mata no Setor Jaó, em Goiânia. As penas dos dois somam mais de 29 anos de prisão, que devem ser cumpridas em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. O julgamento realizado no Fórum Cível de Goiânia Heitor Moraes Fleury durou cerca de 14 horas. A sessão do júri foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia.

O julgamento começou por volta das 8h30, e se encerrou às 23 horas desta terça-feira (29). Após a leitura da denúncia, foi dada sequência ao depoimento das testemunhas. Eles contaram as versões do fato que culminaram na morte da jovem Ariane. A primeira a prestar depoimento foi a mãe da vítima que, na oportunidade, narrou o dia em que a filha desapareceu, e sua busca incessante pela jovem. Ao mencionar o crime praticado pelos réus, chamou os dois de assassinos, e pediu justiça para que a morte da filha não ficasse impune. 

Na sequência, além dela outras pessoas foram ouvidas. Durante o depoimento dos réus, Raissa disse que estava arrependida. Enquanto isso, Jeferson afirmou que agiu por medo. As defesas de Raissa e Jeferson requereram a absolvição em relação ao homicídio e ocultação de cadáver e corrupção de menores. Contudo, o Conselho de Sentença, composto por sete jurados, sendo formado por quatro mulheres e três homens, reconheceu a materialidade delitiva do crime, uma vez que foi praticado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima. 

Crime

O crime, supostamente cometido por Raissa Nunes Borges, Jeferson Cavalcante Rodrigues, Enzo Jacomini Carneiro, conhecido como “Freya”, e uma adolescente, aconteceu no dia 24 de agosto de 2021, por volta das 21 horas, no interior de um veículo. Ariane foi morta com golpes de facas após ter sido enforcada até desmaiar.

De acordo com a denúncia, a motivação para o crime teria sido um “teste prático” que Raissa queria fazer com ela mesma, a fim de averiguar se possuía transtorno de personalidade comportamental e antissocial. Após matarem a jovem, os acusados desovaram o corpo em uma mata no Setor Jaó, foram se limpar em um banheiro público e saíram para lanchar.

Os réus foram julgados por homicídio qualificado, por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima, além de responderem por ocultação de cadáver e corrupção de menores. No dia 4 de novembro de 2021, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em desfavor de Raissa, Jeferson e Enzo. No dia 28 daquele mês, os réus foram pronunciados, sendo mandados a júri popular

Já no dia 13 de março de 2023, fomarcado o julgamento dos réus Enzo Jacomini e Jeferson Cavalcante. Entretanto, no início da sessão, a defesa de Jeferson solicitou o desmembramento do julgamento, pedido que foi aceito pelo Ministério Público e pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. No mesmo dia, “Freya” foi a 15 anos de prisão. A sentença está sendo cumprida, inicialmente, em regime fechado na Penitenciária Odenir Guimarães (POG).  

(Texto e fotos: Acaray Martins – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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