Polícia

Chacina no DF: 7º corpo encontrado em cativeiro é de Marcos Antônio, sogro de Elizamar

O 7º corpo encontrado no cativeiro é de sogro de cabeleireira desaparecida, diz polícia.

O cadáver masculino encontrado no cativeiro onde Renata Juliene Belchior, 52 (sogra de Elizamar) e Gabriela Belchior de Oliveira, 25, (cunhada de Elizamar) teriam sido presas é de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, sogro da cabeleireira.

Delegado Ricardo Viana, responsável pelo caso, confirmou informação na tarde desta quinta-feira (19). Marcos Antônio Lopes chegou a ser apontado por um dos suspeitos como mandante do crime; é o primeiro identificado dos sete corpos relacionados ao caso.

O corpo foi localizado na quarta-feira (18/1). O endereço fica numa residência do Vale do Sol, entre o Vale do Amanhecer e o Arapoanga, em Planaltina. Segundo o Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), que deu apoio nas buscas, além de esquartejado e degolado, o corpo tinha marcas de violência.

Diante da suspeita de que o cadáver encontrado seja de Marcos, a PCDF também acredita que o filho dele e marido de Elizamar, Thiago Gabriel Belchior, 30, esteja morto.

Marcos Antônio, de 54 anos, chegou a ser apontado como um dos suspeitos do crime. No entanto, segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, responsável pelo caso, essa hipótese foi perdendo força após a localização do corpo.

Dez pessoas da mesma família desapareceram nos últimos dias, os desaparecidos são:

  • A cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos;
  • Os três filhos dela: os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 anos;
  • O marido de Elizamar, Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos;
  • O sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, que teve o corpo encontrado nesta quarta-feira;
  • A sogra de Elizamar, Renata Juliene Belchior, de 52 anos;
  • A cunhada de Elizamar, Gabriela Belchior, de 24 anos;
  • A ex-mulher de Marcos Antônio, Claudia Regina Marques de Oliveira;
  • A filha de Marcos e Regina, Ana Beatriz Marques de Oliveira.

Cativeiro

Um dos presos por suspeita de participar da chacina da família da cabeleireira Elizamar da Silva, 39 anos, revelou, em depoimento, que vigiou a sogra e a cunhada dela em um cativeiro na cidade de Planaltina (DF) por duas semanas. Elas ficavam vendadas e amarradas.

O vendedor Fabrício Silva Canhedo, 34, disse à polícia, nessa terça-feira (17/1), que foi convidado por Gideon Batista, 55, outro preso, para que o ajudasse no sequestro de Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25. Elas são, respectivamente, sogra e cunhada de Elizamar.

Gideon teria falado que o chefe do plano criminoso era Marcos Antônio Lopes de Oliveira, o sogro de Elizamar. De acordo com ele, Marcos ganharia R$ 100 mil pelo sequestro, e o dinheiro seria dividido entre os participantes do esquema.

Clonologia do crime

Corpos encontrados

  • Carro carbonizado em Unaí (MG): 2 corpos femininos; segundo parentes seriam de Renata e Gabriela
  • Carro carbonizado em Cristalina (GO): 4 corpos sem identificação; segundo parentes seriam da cabeleireira e dos três filhos pequenos
  • Cativeiro em Planaltina (DF): 1 corpo masculino com sinais de esquartejamento

Três suspeitos presos

Horácio Calos Fereira BarbosaGildeon Batista de Menezes, e Fabrício Canhedo, de 34 anos, estão presos pelo crime. Horácio foi quem contou que as mortes foram encomendadas por Thiago e por Marcos Antônio.

Horácio disse também que Thiago, Marcos Antônio e a “segunda família dele” – Cláudia e Ana Beatriz – teriam ido embora de Brasília depois da chacina. “Elas teriam saído do DF pra viver uma nova vida”, conta o delegado Ricardo Viana, com base no depoimento do preso .

As polícias do DF, de Minas Gerais e de Goiás continuam as investigações, agora seguindo as duas linhas de apuração, segundo Viana: Marcos Antônio e Thiago terem sido os mandantes, ou vítimas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo