Polícia

Chacina no DF: Três corpos são encontrados dentro de fossa em Planaltina 

Investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) encontraram, na noite dessa segunda-feira (23/1), três corpos em uma fossa, em uma área de mata, em Planaltina — próximo ao Vale do Amanhecer. Os cadáveres estavam em uma fossa. Ainda não se sabe as identidades das vítimas.

Os corpos estavam próximo à uma casa abandonada. Segundo informações, são dois corpos do sexo feminino e um masculino.

Ainda não se sabe se as vítimas encontradas fazem parte – ou tem relação com a da família vítima de chacina. Até o momento, foram identificados os corpos de Elizamar da Silva, 37 anos; dos três filhos, Gabriel, 7, Rafaela e Rafael; e de Marcos Antônio Lopes, 54, sogro de Elizamar. A polícia espera ainda a identificação de duas vítimas do sexo feminino encontradas carbonizadas dentro de um carro, em uma via de Unaí (MG).

Locais onde três corpos possivelmente ligados a chacina foram encontrados, em Planaltina — Foto: TV Globo/Reprodução

Presos

Até o momento, a polícia prendeu três pessoas no caso da chacina: Horácio Carlos, 49, Gideon Batista, 55, e Fabrício Silva Canhedo, 34. Gideon foi capturado no Recanto das Emas, na semana passada. Embora manteve o silêncio ao ser questionado sobre os fatos, o carro dele, um Renault Scenic, foi capturado por câmeras de segurança de um posto de combustível do Paranoá, horas antes do carro da cabeleireira ter sido encontrado carbonizado em uma via de Cristalina (GO). Nas imagens, Gideon chega ao estabelecimento e, em 10 minutos, compra um galão de gasolina, o que, para a polícia, seria usado posteriormente para queimar Elizamar e os filhos dela, Gabriel, 7, e os gêmeos Rafael e Rafaela, 6, dentro do veículo.

Fabrício, por sua vez, atuou na vigilância da casa onde as quatro mulheres foram mantidas em cárcere. Era ele quem ficava responsável por observar qualquer movimento suspeito e alimentar as vítimas. No quintal da mesma casa, cães farejadores do Corpo de Bombeiros encontraram o cadáver de Marcos enterrado em uma cova de 50cm de profundidade. O corpo estava esquartejado e degolado. Os sequestradores utilizaram ainda cal ao redor da cova para disfarçar o odor, mas sem sucesso.

A identificação do quarto suspeito, Carlomam dos Santos Nogueira, 26, veio após peritos papiloscopistas da PCDF identificarem impressões digitais dele deixadas no cativeiro e no carro de Gideon. Ao longo do dia de ontem, os policiais estiveram na rua para capturá-lo, mas até o fechamento desta edição, o homem não havia sido localizado. Carlomam é integrante da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e acumula antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo, roubo, receptação e corrupção de menores. Em 2018, ele foi alvo de uma operação por atuar de dentro do Complexo Penitenciário da Papuda para a organização criminosa, com a transmissão de bilhetes para outros internos e batismo de novos membros.

“Reforça a nossa segunda linha de investigação, de que a família tenha sido morta para que os criminosos ficassem com o dinheiro das vítimas. A família foi levada ao cativeiro, onde podem ter sofrido violência e ter sido obrigada a fornecer senhas, contas bancárias e outros dados pessoais. Depois, mataram um por um”, comentou o delegado responsável pelo caso, Ricardo Viana.

A polícia informou que um dos suspeitos pelo crime colaborou com a investigação e apontou a localização dos corpos encontrados na madrugada desta terça. As vítimas tinham sinais de violência e estavam em estado avançado de decomposição.

Até agora, três suspeitos foram presos e um quarto é procurado. Carlomam dos Santos Nogueira deixou impressões digitais no cativeiro onde ficaram as vítimas e no carro de uma das pessoas assassinadas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo