Condenada a 10 anos de prisão, Zambelli já se acorrentou na Câmara por impeachment de Dilma

Foto: MATEUS BONOMI/AGIF
Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) já se acorrentou em uma pilastra na Câmara dos Deputados. O caso foi em 2015 e a parlamentar tinha o objetivo de pressionar o então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), a abrir o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A parlamentar começou com ativismo de rua, em 2011, transitou pelo movimento feminista e se consolidou como um fenômeno eleitoral na esteira do bolsonarismo. Nos últimos anos, passou por desgaste e queda de prestígio com aliados.
Zambelli foi condenada por unanimidade pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. De acordo com a denúncia, a deputada orientou o hacker Walter Delgatti Neto a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A deputada também responde por porte ilegal de armas e constrangimento ilegal. O julgamento em questão foi interrompido pelo pedido de vista do ministro do STF Kássio Nunes.
Em 2011, Zambelli fundou o grupo Nas Ruas, que se juntou aos protestos contra o governo Dilma Rousseff em 2013. Após as manifestações, a parlamentar continuou participando de atos da direita e chegou a liderar a tropa de choque bolsonarista no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Aqueles episódios foram o despertar. Tínhamos feito manifestações no 7 de Setembro de 2011 e 2012, mas em 2013 foi diferente”, afirmou a deputada.
A integrante do bloco bolsonarista da Câmara Carla Zambelli (PL-SP), que prioriza pautas ligadas ao conservadorismo, já foi membro do grupo feminista Femen, em 2012. Ela participou de manifestações com pautas feministas ao lado de Sara Giromini, agente política que se voltou a extrema direita nos últimos tempos.
(veja imagem abaixo).
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Sara Winter e Carla Zambelli em protesto do grupo Femen em São Paulo | Reprodução// Twitter – Foto: Reprodução// Twitter
Na imagem publicada nas rede social X, a parlamentar aparece com a blusa do movimento Femen, cordão de flores na cabeça — marca registrada do grupo feminista — e com a frase ‘quero nascer em casa’ escrita na barriga em uma manifestação em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).
O grupo feminista Femen é conhecido por manifestações mais radicais, como topless para chamar atenção para questões relacionadas ao direito das mulheres. Ele foi criado em 2008, na Ucrânia, e possui células ativas em países como França, Alemanha e Tunísia.
No Brasil, o grupo teve a primeira atuação registrada em 2011, com atividades em São Paulo e Rio de Janeiro. Dois anos depois, o Femen fechou a sucursal brasileira em razão de ‘abuso econômico’ e ‘falhas organizacionais’.
- 2015: Zambelli se acorrenta na Câmara para pressionar por impeachment de Dilma
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) integrou um grupo de oito pessoas que se acorrentaram em uma pilastra na Câmara dos Deputados, em outubro de 2015.
Os manifestantes se prenderam ao redor de uma coluna no Salão Verde para pressionar o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar início a tramitação do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
fonte: g1