Copom mantém taxa Selic a 13,75% ao ano, após sequência de aumentos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a Selic em 13,75% ao ano, nesta quarta-feira (21/09). Apesar da deflação brasileira, foi considerado o cenário internacional “adverso e volátil” e a alta dos juros americanos para a decisão.
De março de 2021 a agosto deste ano, Selic subiu 12 vezes consecutivas – a mais longa sequência de elevação desde 1999. Mercado prevê juro básico travado nos 13,75% até junho de 2023.
“O ambiente inflacionário segue pressionado, enquanto o processo de normalização da política monetária nos países avançados prossegue na direção de taxas restritivas”, disse o colegiado na decisão.
A decisão do Copom não foi unânime. Segundo o comunicado divulgado pelo Banco Central, sete dos nove membros do comitê votaram pela manutenção de 13,75% – os outros dois votaram por uma “elevação residual” de 0,25 ponto percentual, o que jogaria a Selic para 14%.
O Boletim Focus desta segunda-feira (19/09) projeta que o ano feche com a inflação em 6%.
Inflação em desaceleração
A interrupção da alta dos juros acontece em um cenário de desaceleração da inflação. Influenciada pelos preços dos combustíveis, devido ao corte de impostos sobre itens essenciais e à redução do preço internacional do petróleo, houve deflação no país pelo segundo mês seguido em agosto.
Para definir o nível dos juros, o Banco Central se baseia no sistema de metas de inflação. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.
Nessa quarta-feira, o Federal Reserve subiu em 0.75 pontos-base a taxa de juros dos EUA, com isso, a taxa ficou entre 3% e 3,25% ao ano.
juo