Corpo de Aracy Balabanian é velado no Theatro Municipal
A cerimônia acontece das 10h às 13h, no Salão Assyrio do Theatro Municipal. Depois, a atriz será cremada em cerimônia fechada, apenas para amigos e parentes, no Crematório e Cemitério da Penitência.
A cerimônia acontece das 10h às 13h, no Salão Assyrio do Theatro Municipal. Depois, a atriz será cremada em cerimônia fechada, apenas para amigos e parentes, no Crematório e Cemitério da Penitência.
O velório da atriz Aracy Balabanian começou, pontualmente, às 10h desta terça-feira (8), no Teatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro. A cerimônia é aberta, para que o público possa se despedir da intérprete de personagens inesquecíveis como Cassandra e Dona Armênia. O velório em um teatro foi um dos últimos desejos da atriz.
Um dos primeiros a chegar, o maquiador e fotógrafo Fernando Torquatto contou que nunca tinha preparado um corpo, nem o da mãe quando ela faleceu, mas que assumiu a missão pela relação próxima que tinha com a atriz.
“Você vê o corpo e se lembra do que ela significa. Grandes estrelas devem ser cuidadas até o último momento”, afirmou Torquato, após preparar o corpo de Aracy para a cerimônia.
Ao lado do corpo, um presente: um bordado com o formato de vários corações que foi um presente que Aracy recebeu quando soube que estava doente e sempre teve ao lado dela.
É de autoria de Gogoia Sampaio e uma representação do amor dos amigos por ela.
Abraão Duarte, de 54 anos, é deficiente visual desde os 13 anos. Veio de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para prestar a última homenagem à atriz favorita.
“Eu gostava de ouvir as personagens e ficava muito emocionado. Eu já era deficiente visual e já percebia. Já emocionava demais”, contou.
Luis Miranda disse que Aracy não teve filhos, mas que todos foram a família dela. “Todos nós somos uma família com ela. Ela deixou uma relação boa com a vida e com a arte”, falou.
“Vou sentir falta da alegria, da sabedoria e do colo aconchegante dela”, lembrou Mariana Ximenes.
Antonia Saraceni é afilhada de Aracy Balabanian. Apesar de morar em Nova York há dois anos, sempre voltou para acompanhar os tratamentos e a saúde da madrinha.
“Minhas mães me deram a benção de estar com ela toda a minha vida. Ela me levava ao dentista, ao catecismo e fez papel de terceira mãe. Todo fim de semanas, ela estava comigo, trazendo balas e doces. Foi uma relação muito bonita”, descreveu.
A cerimônia vai até as 13h, no Salão Assyrio. Depois, a atriz será cremada em cerimônia fechada, apenas para amigos e parentes, no Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju.
Aracy morreu na segunda (7). Ela estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela fazia um tratamento contra um câncer de pulmão desde o fim do ano passado. A causa da morte não foi revelada.
Sul-mato-grossense de origem armênia
Filha de imigrantes armênios, Aracy nasceu em 22 de fevereiro de 1940 em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Uma das mais icônicas figuras da TV e do teatro, comediante de mão cheia e atriz de primeira grandeza, Aracy deixou sua marca em grandes personagens, como a quatrocentona falida Cassandra do seriado “Sai de Baixo”, e a Dona Armênia em duas novelas, “Rainha da Sucata” e “Deus Nos Acuda”.
Ao todo, foram cerca de 50 trabalhos na teledramaturgia. No teatro, ela atuou em mais de 25 peças, incluindo a histórica montagem de “Hair”, em 1969. Dentro e fora da ficção, sem dúvida, deixará muitas saudades e será lembrada como uma grande profissional das artes dramáticas e uma amiga amorosa e brincalhona.
Fonte: g1