Política

Cúpula da Celac termina com documento em defesa a democrácia

No texto, os representantes dos países defendem a democracia, que é descrita como uma conquista da região que não admite interrupções.

Como é praxe ao fim de reuniões entre presidentes de países, o encontro dos líderes dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) terminou nesta terça-feira (24) com a divulgação de um documento de 28 páginas chamado de Declaração de Buenos Aires.

No texto, os representantes dos países defendem a democracia, que é descrita como uma conquista da região que não admite interrupções.

Essa menção é uma referência à tentativa de golpe de Estado em Brasília no dia 8 de janeiro (o presidente Lula foi uma das principais presenças na reunião da Celac).

O texto faz uma crítica velada aos governos da Nicarágua, Venezuela e Cuba, mesmo sem citar esses países, ao afirmar que a execução de eleições livres, periódicas e transparentes é uma expressão da soberania do povo.

O texto também fala sobre a importância e respeito pelos direitos humanos.

A declaração cita diversos outros assuntos, entre eles:

  • Recuperação econômica após a pandemia;
  • Segurança alimentar e energética;
  • Diferenças entre gêneros nos países da Celac;
  • Processo de integração regional;
  • Pedido para que entidades financeiras internacionais mudem as condições de crédito;
  • Cooperação ambiental entre os países do bloco

O documento também fez pedidos específicos em relação à Cuba. O texto pede:

  • Fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba (de acordo com o texto, o bloqueio causa danos ao povo cubano);
  • A retirada de Cuba da lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo internacional

Em relação à Venezuela, o documento comemora o diálogo entre o governo chavista e a oposição (os encontros estão acontecendo no México).

Como foi o encontro

A Celac é formada por 33 países e presidida atualmente pela Argentina. No encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que volta ao cenário internacional após vencer as eleições de outubro com um discurso em que lembra permanentemente os feitos diplomáticos de seus dois primeiros mandatos (2003-2010), foi um dos protagonistas.

“O Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade”, disse nesta terça Lula, o único dos dirigentes, além do argentino Alberto Fernández, anfitrião da cúpula, cujo discurso foi divulgado.

“O Brasil volta a olhar para seu futuro com a certeza de que estaremos associados aos nossos vizinhos bilateralmente no Mercosul, na Unasul e na Celac”, disse Lula, que impulsiona a volta do Brasil aos fóruns internacionais.

A Celac é formada por 33 países e presidida atualmente pela Argentina. No encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que volta ao cenário internacional após vencer as eleições de outubro com um discurso em que lembra permanentemente os feitos diplomáticos de seus dois primeiros mandatos (2003-2010), foi um dos protagonistas.

“O Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade”, disse nesta terça Lula, o único dos dirigentes, além do argentino Alberto Fernández, anfitrião da cúpula, cujo discurso foi divulgado.

“O Brasil volta a olhar para seu futuro com a certeza de que estaremos associados aos nossos vizinhos bilateralmente no Mercosul, na Unasul e na Celac”, disse Lula, que impulsiona a volta do Brasil aos fóruns internacionais.

“Somos uma região pacífica, que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política”, afirmou Lula, que defendeu reforçar o “multilateralismo”.

Fernández afirmou em seu discurso que há uma “direita reacionária e fascista” que ameaça a democracia na região, e referiu-se em particular aos episódios em Brasília e à tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no ano passado, cujas motivações ainda são desconhecidas.

Ausências

A cúpula reúne 14 chefes de Estado dos 33 países que compõem o fórum, com algumas ausências notáveis, como o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que se desculpou na terça-feira por ter “bastante” trabalho em seu país.

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