Esporte

Daniel Alves completa um mês preso e espera decisão sobre liberdade 

Brasileiro, acusado de estupro, segue detido desde o dia 20 de janeiro, enquanto aguarda posição da Justiça sobre pedido para responder processo em liberdade.

O lateral Daniel Alves completa nesta segunda-feira exatamente um mês preso na Espanha, acusado de estuprar uma jovem de 23 anos em uma boate de Barcelona, em dezembro do ano passado. O jogador foi detido sem direito a fiança em 20 de janeiro e, desde então, vem lutando para responder ao processo em liberdade. Enquanto está no Complexo de Brians II, ele vive a expectativa por uma decisão da Justiça sobre seus pedidos.

É esperado que o Tribunal de Barcelona tome uma decisão no começo desta semana sobre as solicitações da defesa para concessão de liberdade provisória a Daniel Alves. A imprensa espanhola afirma que provavelmente a resposta será anunciada nesta terça-feira.

A defesa, segundo veículos locais, propõe que o atleta tenha seu passaporte retirado ou até mesmo que o jogador utilize uma pulseira de geolocalização para que a Justiça permita que ele deixe a cadeia. A acusação, por sua vez, afirma que a condição econômica do atleta poderia facilitar uma fuga da Espanha, inclusive para o Brasil, que não tem acordo de extradição com o país europeu. A Justiça segue analisando os argumentos para poder decidir sobre o tema.

Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, o advogado Cristóbal Martell Pérez-Alcade, responsável pela defesa do lateral, afirmou que o caso que envolve o brasileiro Robinho na Justiça italian vem dificultando o pedido de liberdade para Daniel Alves. Robinho foi condenado na Itália por um estupro em 2013, mas atualmente vive em liberdade no Brasil.

– Robinho não nos ajuda. O Brasil, como tantos outros países, também a Espanha, não entrega seus cidadãos. Além disso, o faz por um imperativo constitucional. O artigo 5º da Constituição Federal do Brasil proíbe a entrega de nacionais por crimes dessa natureza. Eu não conheço o caso de Robinho bem o suficiente. Não quero me pronunciar, nem posso, nem devo. Mas, de fato, o fato de a Itália, até hoje, não ter tido sucesso no cumprimento da sentença de Robinho não ajuda a liberdade provisória de Daniel Alves. Mas isso não pode ser um argumento definitivo. Isso não significa um espaço de impunidade – argumentou o advogado.

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