Política

Defesa do ‘hacker de Araraquara’ diz que Carla Zambelli foi ‘mentora intelectual’ de invasão ao dital ao CNJ

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker da Vaza-Jato Walter Delgatti –
Foto: Reprodução / X (Twitter)

A defesa de Walter Delgatti Neto, que ficou conhecido como o “hacker de Araraquara”, entregou nesta semana as alegações finais do processo movido contra ele e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) no STF (Supremo Tribunal Federal).

Nas peças, ele atribui à parlamentar a culpa pelo crime de invasão digital ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e diz que foi “iludido” por promessas feitas por ela. Zambelli é chamada de “mentora intelectual” do plano para invadir e tentar inserir dados e documentos falsos no sistema do CNJ.

Segundo o advogado, a deputada ofereceu emprego, benefícios e custeou um tratamento realizado por ele em Guaratinguetá (SP). Ele afirma que Carla Zambelli e Walter se encontraram pessoalmente na sede do Partido Liberal (PL) e trocaram mensagens mais de uma vez, o que comprovaria a relação entre os dois.

O advogado pede nas alegações que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, seja considerado suspeito para julgá-lo, uma vez que era o principal alvo dos crimes.

De acordo com a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Zambelli e o hacker planejaram e executaram uma invasão ao sistema do CNJ para inserir um mandado de prisão falso contra Moraes.

Na manifestação, a PGR afirma que Zambelli orientou Delgatti a forjar o documento como se fosse uma ordem oficial do próprio ministro, além de articular um bloqueio de valores na conta de Moraes.

Em depoimento à Polícia Federal, o hacker confirmou que a deputada solicitou a invasão ao sistema e a produção do documento fraudulento, além de admitir que recebeu pagamentos dela pelos serviços prestados.

fonte: uol

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