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Deputados aprovam ‘bolsa-arma’ para mulheres vítimas de violência em Goiás

Autor do projeto o descreveu como uma ‘medida extrema’ para reforçar o combate a violência. Para entrar em vigor, o auxílio precisa ser sancionado pelo governo de Goiás.

Deputados aprovaram em segunda votação, nesta terça-feira (13), em Goiânia, o projeto conhecido como “bolsa-arma”, que institui uma bolsa para a aquisição de arma de fogo, com uso permitido, para mulheres vítimas de violência doméstica ou ocorrida em razão de ser mulher.  Para entrar em vigor, o auxílio precisa ser sancionado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB).

O projeto de lei foi apresentado inicialmente em maio de 2020, pelo deputado Major Araújo (PL). A matéria foi aprovada em primeira fase no último dia 8 e em segunda nesta terça-feira. O parlamentar classificou o caso como uma “medida extrema” necessária para reforçar o combate a violência contra a mulher.

“É uma medida extrema. Seria desnecessário se as medidas adotadas até hoje tivessem eficácia.[Deve ser adotada] Para que ela tenha a oportunidade de se defender, em legitima defesa”, disse.

O auxílio é de R$ 2 mil e, segundo o documento, deve ser pago em uma única parcela. O projeto de lei diz que mulheres que foram vítimas de violência doméstica ou violência ocorrida “em razão de ser mulher” podem requerer o auxílio a partir do indiciamento do autor do crime. No entanto, o deputado afirmou que, caso o projeto seja sancionado e entre em vigor, as vítimas poderão solicitar o auxílio desde o momento que ocorrer a prisão em flagrante do suspeito.

Para solicitarem o auxílio, as vítimas precisam preencher determinados requisitos:

  • Ter mais de 21 anos de idade;
  • Residir em Goiás há pelo menos 3 anos (e apresentar documento que comprove);
  • Não ter passagem policial pela prática de crimes;
  • Comprovar saúde psiquiátrica e psicológica;
  • Ter preparo para manusear arma e habilitação em tiro, ministrada gratuitamente pelo estado de Goiás;
  • Não ter outro registro de arma de fogo.

Como justificativa do projeto, o parlamentar escreveu que “a quantidade de crimes perpetrados contra a mulher clama por medidas legais que contribua de fato para a minimização desses crimes”.

“[O projeto busca] somar aos mecanismos já existentes, proporcionando à mulher que está em iminente risco de sofrer violência”, escreveu.

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