Diplomas falsos: Cremerj anula 65 registros de medicina obtidos por até R$ 400 mil
Ao menos 65 pessoas que compraram diplomas e históricos escolares de medicina falsos junto a uma quadrilha especializada no esquema que é investigada pela Polícia Federal (PF), na Operação Catarse, tiveram o registro anulado. Uma das beneficiadas pela fraude chegou a pagar R$ 400 mil para obtenção dos documentos.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), inicialmente, validou a documentação falsa, mas mudou o processo o checagem e anulou todos os 65 registros obtidos com as certidões falsas. As últimas informações são do programa “Fantástico“, da rede Globo, veiculado neste domingo (2/7).
A qualidade do papel, logotipo da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e até o e-mail falso “validacao@portaluneb.gov.br” foram alguns dos artifícios utilizados pela quadrilha para manufaturar documentos quase idênticos aos originais, capazes de enganar o Cremerj.
A PF cumpriu, em junho deste ano, quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Silva Jardim (RJ), Saquarema (RJ) e Montes Claros (MG) contra o núcleo da quadrilha. A mulher apontada como a chefe da organização segue foragida.
A investigação, conduzida pela Força-Tarefa da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF no Rio de Janeiro, teve início em abril de 2022 com a prisão em flagrante de duas pessoas na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, quando tentavam obter os registros profissionais de médicos instruídos com documentos falsificados de graduação em medicina, notadamente diplomas e históricos escolares.