Economia

Dívida de R$ 20 bilhões: Gol avalia entrar com pedido de recuperação judicial nos EUA

A Gol, uma das principais companhias aéreas do Brasil, avalia entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A empresa deve mais de R$ 20 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão referente a vencimentos de curto prazo, que precisam ser quitados em até 12 meses. Clientes com passagens compradas para os próximos meses temem não conseguir viajar, mas, para especialista, a probabilidade de isso acontecer é baixa.

A possibilidade de ser confirmada a entrada da Gol com pedido de recuperação judicial, tem movimentado o mercado nos últimos dias e coloca em alerta os passageiros com bilhete comprado ou intenção de voar nos próximos meses com a companhia.

Especialistas, porém, avaliam que a eventual confirmação do pedido de proteção contra credores não seria capaz de impactar os voos já agendados e, pelo contrário, abre um horizonte favorável para melhorar a saúde financeira da companhia no médio e longo prazo.

Em 2023, a Gol reconheceu, em balanço financeiro, um endividamento de R$ 20 bilhões. A maior parte está relacionada ao aluguel de aeronaves, contratos de leasing. Apesar do alto endividamento, a Gol mantém uma operação saudável no país.

A recuperação judicial no país norte-americano é mais vantajosa do que no Brasil, apontam pessoas envolvidas na negociação à Folha. Nos EUA, por exemplo, as regras são mais previsíveis e possibilitam à empresa ter mais informações sobre quando o processo deve terminar.

Em nota, a Gol informou quee está em discussões com seus stakeholders financeiros sobre diversas opções que tragam maior flexibilidade financeira, incluindo capital adicional para financiar as operações.

“O foco da GOL está sempre na confiabilidade de suas operações e em proporcionar a melhor experiência de viagem aos seus clientes. Ao mesmo tempo, a Companhia continua seus esforços anunciados anteriormente para melhorar a lucratividade e fortalecer seu balanço. Todas as ações visam posicionar a GOL para o sucesso de longo prazo, à medida que a Companhia continua a cumprir sua missão de democratizar o transporte aéreo no Brasil”, complementou.

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