Economia

Drone que reconhece e colhe maçãs é usado no Chile por falta de mão de obra

Uma empresa israelense desenvolveu um sistema formado por robôs voadores para colher frutas. Esses drones já estão em uso em diversos países.

Como é o sistema

O modelo consiste em robôs voadores conectados a uma plataforma no solo. Ele foi criado pela empresa israelense Tevel.

Algoritmos reconhecem as árvores. Sistemas de inteligência artificial identificam o que é fruta, o que é galho e o que é folha usando inteligência artificial.

Os módulos voadores analisam cada fruta para decidir se ela deve ser colhida ou não. Com isso, os drones só tiram do pé aqueles que estão maduros ou no ponto certo de colheita. Os drones estão ligados em um veículo terrestre.

Da árvore, esses robôs voadores despejam cada fruto colhido nessa plataforma, que irá pesar e analisar o item depositado. É capaz de colher damasco, ameixa, pêssego, maçã, pera e nectarina, segundo o fabricante. Os drones se aproximam dos frutos e, por meio de um braço robótico, torcem eles para extraí-los das árvores.

Câmeras ligadas a cada um dos drones repassam as informações para aplicativos que permitem saber quantas foram colhidas, o peso, qualidade, coloração, entre outras informações.

Por que usar os drones? Segundo o fabricante, há escassez de mão de obra. As colheitas demandam muitos trabalhadores em poucos períodos do ano, o que dificulta encontrar profissionais adequados para essas operações em alguns locais do mundo.

Esses robôs ainda podem atuar 24 horas por dia. Isso aumenta a capacidade de colheita sem precisar contratar novas equipes, de acordo com a Tevel. Equipamentos podem ser alugados. O uso temporário permite que menos unidades sejam fabricadas, além de possibilitar o compartilhamento com diversos tipos de colheita em diferentes regiões, não sendo necessário que as empresas adquiram o equipamento individualmente. Procurada, a empresa não informou o custo unitário dos drones nem do aluguel.

Drone da Tevel Aerobotics colhe maças em plantação da Unifrutti no Chile – Imagem: Reprodução/Unifrutti

Alexandre Saconi

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/07/2023 04h00

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Uma empresa israelense desenvolveu um sistema formado por robôs voadores para colher frutas. Esses drones já estão em uso em diversos países.

Como é o sistema

O modelo consiste em robôs voadores conectados a uma plataforma no solo. Ele foi criado pela empresa israelense Tevel.

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Algoritmos reconhecem as árvores. Sistemas de inteligência artificial identificam o que é fruta, o que é galho e o que é folha usando inteligência artificial.

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Os módulos voadores analisam cada fruta para decidir se ela deve ser colhida ou não. Com isso, os drones só tiram do pé aqueles que estão maduros ou no ponto certo de colheita.

Os drones estão ligados em um veículo terrestre. Da árvore, esses robôs voadores despejam cada fruto colhido nessa plataforma, que irá pesar e analisar o item depositado.

É capaz de colher damasco, ameixa, pêssego, maçã, pera e nectarina, segundo o fabricante. Os drones se aproximam dos frutos e, por meio de um braço robótico, torcem eles para extraí-los das árvores.

Câmeras ligadas a cada um dos drones repassam as informações para aplicativos que permitem saber quantas foram colhidas, o peso, qualidade, coloração, entre outras informações.

tevel - Reprodução/Tevel Aerobotics - Reprodução/Tevel Aerobotics
Empresa israelense Tevel Aerobotics desenvolveu um robô voador (drone) para colheita de frutasImagem: Reprodução/Tevel Aerobotics

Por que usar os drones?

Segundo o fabricante, há escassez de mão de obra. As colheitas demandam muitos trabalhadores em poucos períodos do ano, o que dificulta encontrar profissionais adequados para essas operações em alguns locais do mundo.

Esses robôs ainda podem atuar 24 horas por dia. Isso aumenta a capacidade de colheita sem precisar contratar novas equipes, de acordo com a Tevel.

Equipamentos podem ser alugados. O uso temporário permite que menos unidades sejam fabricadas, além de possibilitar o compartilhamento com diversos tipos de colheita em diferentes regiões, não sendo necessário que as empresas adquiram o equipamento individualmente.

Procurada, a empresa não informou o custo unitário dos drones nem do aluguel.

Unifrutti - Reprodução/Unifrutti - Reprodução/Unifrutti
Drone da Tevel Aerobotics colhe maças em plantação da Unifrutti no ChileImagem: Reprodução/Unifrutti

Locais onde já é utilizado

A Tevel já possui equipamentos em utilização na Itália, Estados Unidos e em Israel. Mais recentemente, foi anunciada a chegada do sistema à América do Sul, em parceria com a Unifrutti, do Chile.

Os drones auxiliam a empresa evitando que as frutas sejam colhidas fora do tempo (ou muito verdes ou muito maduras).

O Chile, segundo a empresa, enfrenta escassez de mão de obra. Isso ocorre, principalmente, na época da colheita, aumentando os custos e o desperdício, já que, sem profissionais, uma parte não é retirada dos pés a tempo antes de estragarem.

Como é feita a colheita sem os robôs É feita utilizando, no geral, mão de obra humana. Os profissionais ficam em plataformas acima de veículos para alcançarem a copa das árvores e extraem os frutos com as mãos. Esse fator é um dos riscos de acidentes nas plantações. Além disso, muitas vezes os trabalhadores ficam expostos a altas temperaturas durante o dia ou outras questões insalubres.

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