Política

Duas grandes derrotas do bolsonarismo na mesma semana

Foto: Divulgação

O clã Bolsonaro e seus aliados sofreram duas grandes derrotas nesta semana. Não conseguiram apoio popular imaginado para o pedido de anistia a Bolsonaro e outros condenados do 8 de janeiro, e a ida de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados também não vingou.

Após as duas derrotas, o deputado anunciou que vai pedir licença do mandato para morar nos EUA. No comunicado, Eduardo Bolsonaro diz que está fugindo de uma ditadura e de uma tirania.

“Tenho certeza de que o meu eleitor também entende que o meu trabalho neste momento é muito mais importante aqui nos Estados Unidos do que no Brasil. Como defendia o professor Olavo de Carvalho, não se combate uma ditadura vivendo dentro dela”, disse o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O deputado afirma que não vai se acovardar sem se submeter a um “regime de exceção”. Mas diz isso dois dias após seu pai, dentro do seu próprio país, ir para as ruas, reunir 18 mil pessoas, segundo a USP (não 1 milhão como queria), e liderar uma manifestação política.

Manifestação em que atacou decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que ele considera injustas e exerceu, na plenitude suas liberdades de expressão, de manifestação, de ir e vir.

Que ditadura e tirania são essas? Na ditadura, parlamentares têm mandato cassado, suspenso. Era isso o que os atos institucionais faziam na ditadura militar depois do golpe de 1964 no Brasil. Não era o parlamentar que se licenciava.

E por fim, como é que em uma ditadura ou tirania um parlamentar aspira ser presidente de uma Comissão de Relações Exteriores? E tem apoio do maior partido Parlamento ? Nada disso bate com o conceito de ditadura e tirania da família Bolsonaro.

Nova dor de cabeça pela frente

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) acionou o Ministério Público Federal (MPF) para pedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após declarações conspiratórias durante o ato esvaziado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo dia 16.

O gabinete da deputada alega que declarações de Bolsonaro se enquadram em três artigos do Código Penal, que tratam de incitação pública de animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constitucionais; tentativa de deposição do governo por violência ou ameaça; e perturbação do livre exercício dos poderes da União e dos Estados.

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