“Eu costumo sempre dizer que tenho dois ídolos em uma pessoa só: Edson Rodrigues, pessoa, pai, ser humano; e Edson Rodrigues, narrador de futebol, apresentador e colega de trabalho”. O depoimento é de Edson Rodrigues Júnior, que segue as pegadas do saudoso pai dele, o maior narrador de futebol do Estado de Goiás, de todos os tempos, que deixou uma marca indelével no rádio esportivo nacional, além de um legado exemplar como pai de família e gente da melhor qualidade.
E Edson Rodrigues Júnior segue dando testemunho de seu pai: “Não conheci, nos meus 48 anos de vida, nenhuma pessoa com tamanha simplicidade como meu pai; não porque sou filho ou uma matéria sobre ele ou porque já não está entre nós, mas, sim, porque era assim que ele, naturalmente, conduzia sua vida”. E, como cronista esportivo que atuou nos principais jornais de Goiânia, tive o privilégio de conviver momentos preciosos ao lado dessa verdadeira lenda não só da crônica esportiva, mas da comunicação.
Júnior, que desde seu nascimento, sempre foi grudado em seu pai, ou seja, onde Edson Rodrigues ia levava seu lindo rebento. “Eu estava ao seu lado na rádio, no estádio, no corre-corre do dia a dia, ou seja, quando não estava na escola, estava com ele. Então posso dizer que foi a pessoa mais próxima que tive na vida até hoje”.
O certo mesmo é que Edson Rodrigues, como narrador de futebol, foi e continuará sendo o maior da história do Estado de Goiás. Júnior conta que seu pai costumava dizer que acreditava que um espírito o conduzia nas narrações, haja vista que não existia lógica uma pessoa tão simples, com pouco estudo, ter tanta facilidade em levar emoção ao seu ouvinte em uma partida de futebol. A verdade é que, não só como narrador, mas como apresentador de programa, falava a língua do povo, tinha um carisma muito grande.
Ressalta, também, a curiosidade de que as pessoas sentiam que era amigas dele, mesmo sem nunca ter conversado pessoalmente com ele, tudo isso pela reciprocidade que tinha com seu ouvinte. “O que, hoje, mais traz alegrias para mim e nos conforta bastante, já que todos nós iremos partir, é o carinho e admiração que todos têm com a memória do meu pai”, enfatiza Edson Rodrigues Júnior.
E conclui: “Agradeço todas as homenagens que recebe, seja nas manifestações em redes sociais, nos seus gols que são passados; nos projetos parlamentares, aos exemplos do assinador pelo deputado Virmondes Cruvinel, que estabeleceu o dia do jornalista esportivo em 26 de janeiro, data que ele faleceu; e pela vereadora Aava Santiago, que deu nome à Rua 1, no Setor Oeste, onde residiu até o seu falecimento. Aliás, quero convidar a todos amigos e admiradores do trabalho que realizou para a solenidade de troca de placas, que ocorrerá daqui uns 20 dias. Claro que comunicarei a data, assim que for confirmada”.
Enfim, Edson Rodrigues, como narrador de futebol ou como apresentado de programa, é, até hoje, fonte de inspiração para todos, sobretudo pelo seu profissionalismo e companheirismo.
