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Em rede nacional Lula faz balanço do governo e diz que não abrirá mão da responsabilidade fiscal

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite deste domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não abrirá mão da responsabilidade fiscal.

“A democracia venceu”, disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite deste domingo (28/7), durante um pronunciamento à nação para discutir sobre “os rumos do país”. Durante o discurso, Lula destacou os projetos realizados durante os 18 primeiros meses de governo e falou sobre os futuros eventos que serão realizados no país. 

“Quando terminei o segundo mandato, há 14 anos, a economia crescia mais de 4% ao ano. Tiramos o Brasil do mapa da fome. De lá para cá, assistimos a uma enorme destruição no nosso país”, disse Lula, criticando o antecessor.  

Citando a mãe, dona Lindu, Lula falou da importância de manter a responsabilidade fiscal. “É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne.”

Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho.” – Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente destacou que programas importantes implantados em seu governo foram “abandonados”, como a Farmácia Popular e o Minha Casa Minha Vida. “Cortaram os recursos da educação, do SUS e do meio ambiente. Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. O Brasil era um país em ruínas”. 

No balanço, o chefe do executivo citou a abertura de 100 novos Institutos Federais, o lançamento do programa Pé-de-Meia, mais vagas ofertadas no Mais Médicos, o aumento do salário mínimo e a proteção do meio ambiente e diminuição do desmatamento na Amazônia. 

“A proteção do meio ambiente voltou a ser prioridade neste um ano e meio de governo. Reduzimos em 52% o desmatamento na Amazônia. Resgatamos as políticas de proteção dos direitos das mulheres, do povo negro, dos indígenas, das pessoas com deficiência e LGBTQIA+. O Brasil se reencontrou com a civilização”, ressaltou. 

A quase dois meses das eleições municipais, o chefe do Executivo também aproveitou o pronunciamento deste domingo para endossar críticas à gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), e dizer que o país passou por uma “enorme” destruição.

“O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família, mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”, afirmou o petista.

Segundo Lula, políticas públicas foram desprezadas pela gestão passada. “Programas importantes para o povo, como a Farmácia Popular e o Minha Casa, Minha Vida, foram abandonados. Cortaram os recursos da educação, do SUS e do meio ambiente. Espalharam armas em vez de empregos. Trouxeram a fome de volta”.

O presidente também ressaltou as principais bandeiras do Brasil à frente do G20 em 2024: a taxação de super-ricos e a estruturação de uma aliança global contra a fome.

Lula celebrou a realização da cúpula do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O presidente também informou que o Brasil será sede da próxima edição dos Jogos do BRICS, que ocorrem em 2025.

“Em novembro vamos sediar a reunião de cúpula do G-20, o grupo das economias mais importantes do mundo. Vamos colocar no centro do debate internacional a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Para tornar o mundo mais justo, estamos levando para o G-20 a proposta de taxação dos super-ricos, que já conta com a adesão de vários países”.

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