Zelensky visita os EUA, Biden reforça apoio à Ucrânia com doação de sistema de mísseis
Avião com o presidente ucraniano aterrissou em Washington, ele se encontrou com Joe Biden e falará no Congresso. Os EUA fornecerão US$ 1,85 bilhão (R$ 9,6 bilhões) em assistência militar adicional para a Ucrânia, incluindo a transferência de um sistema de defesa aérea chamado Patriot.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou nesta quarta-feira (21) a Washington DC, nos Estados Unidos, para encontros com o presidente Joe Biden e com os congressistas.
Trata-se de uma viagem histórica: é a primeira vez que Zelensky deixa a Ucrânia desde o início da guerra no país, em 24 de fevereiro.
Os EUA fornecerão US$ 1,85 bilhão (R$ 9,6 bilhões) em assistência militar adicional para a Ucrânia, incluindo a transferência de um sistema de defesa aérea chamado Patriot.
Segundo Zelensky, a promessa dos Estados Unidos de fornecer o sistema Patriot é um passo importante na criação de um escudo antiaéreo eficaz para a Ucrânia.
“Esta é a única maneira de privar o Estado terrorista de seu principal instrumento de terror — a possibilidade de atingir nossas cidades, nossa energia”, disse em entrevista coletiva na Casa Branca, ao lado do presidente dos EUA.
O sistema Patriot é “um sistema defensivo”, disse Biden a repórteres. “Adoraríamos não ter que usá-los, apenas parem com os ataques.”
Zelenskiy e outras autoridades ucranianas há muito pedem aos aliados que forneçam mais sistemas antiaéreos e antimísseis para ajudar a combater os ataques de mísseis russos contra usinas geradoras de energia e outras instalações cruciais de infraestrutura.
Biden e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disseram mais cedo que os Estados Unidos darão 1,85 bilhão de dólares em assistência militar adicional à Ucrânia, incluindo a transferência do Sistema de Defesa Aérea Patriot.
O Patriot é considerado um dos mais avançados sistemas de defesa aérea dos EUA, e oferece proteção contra aeronaves, cruzeiros e mísseis balísticos. Normalmente inclui lançadores junto com radar e outros veículos de apoio.
Os Estados Unidos enviaram cerca de 50 bilhões de dólares em auxílio ao governo de Kiev para se defender de uma invasão da Rússia, que começou há 10 meses.
O roteiro de Zelensky na capital americana incluiu:
Zelensky dá medalha para Biden
O ucraniano, que disse que queria ter visitado os Estados Unidos antes, agradeceu o presidente, o Congresso e os norte-americanos comuns pelo apoio durante a guerra.
Ele deu a Biden a cruz ucraniana por mérito militar, oferecida por um capitão de uma unidade de foguetes Himars, à qual a honraria havia sido concedida em primeiro lugar.
“Obrigado antes de tudo”, disse Zelensky ao presidente dos Estados Unidos. “É uma grande honra estar aqui”.
Depois de agradecer, o presidente ucraniano contou que esteve perto de Kherson e conversou com um capitão da bateria de mísseis antiaéreos, e que esse militar pediu para que Zelensky levasse a medalha que havia recebido do exército para dar de presente a Biden.
O líder ucraniano ainda foi ao Congresso, no Capitólio, para discursar em uma sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados dos EUA.
O que os EUA vão entregar aos ucranianos
Durante a entrevista coletiva, os dois falaram sobre a necessidade de manter a união e sobre o apoio dos EUA à Ucrânia.
Uma repórter ucraniana perguntou por que os EUA não dão para as forças ucranianas tudo o que precisa para vencer os russos —ou seja, armas mais poderosas.
Zelensky, em tom de humor, disse que concordava com a repórter.
Biden, no entanto, afirmou que isso poderia implicar uma escalada da guerra —ele disse que não há interessados em uma guerra mundial.
O presidente americano afirmou que o apoio está focado em quatro tipos de ajuda militar:
- Defesa aérea;
- Sistemas de artilharia;
- Tanques e veículos armados;
- Munição
Biden afirmou em outros momentos da entrevista que a luta da Ucrânia “é parte de algo maior” —ou seja, que se outros países ficarem parados, o mundo enfrentará mais ameaças dos russos.
Ele também citou diversas vezes a ajuda que os EUA deram aos ucranianos porque acreditam na luta da Ucrânia.