Empresário é condenado a 17 anos de prisão por matar companheira e fingir que ela tinha desaparecido

Paulo Antonio Eruelinton Bianchini é suspeito de matar Dayara Talissa Fernandes da Cruz, em Orizona, Goiás – Foto: Arquivo pessoal/Daniela da Cruz
O empresário Paulo Antônio Eruelinton Bianchini foi condenado a 17 anos de prisão pela morte de Dayara Talissa Fernandes da Cruz, em março de 2024. De acordo com a investigação, ele matou a mulher e, depois, teria dito que ela estava desaparecida em Orizona, na região sul de Goiás. A ossada dela foi encontrada enterrada em uma fazenda da cidade.
O julgamento aconteceu na quarta-feira (10/12) e, de acordo com a sentença, Paulo Antônio foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
A pena de Paulo Antônio Bianchini foi calculada do seguinte modo pelo juiz Georges Leonardis: 16 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, 1 ano de reclusão pelo crime de ocultação de cadáver e 6 meses de detenção por fraude processual. Foi determinada a prisão imediata, e o réu não poderá recorrer da sentença em liberdade. “A sentença deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado”, disse o juiz.
Entenda o caso
Dayara da Cruz, 21 tina anos, desapareceu por volta do dia 10 de março de 2024, em Orizona. A Polícia Civil disse, na época, que seu companheiro, Paulo Antônio Bianchini, registrou o desaparecimento dela no dia 25 do mesmo mês. Segundo o delegado Kennet Carvalho, foram constatadas contradições no depoimento dele e, por isso, a polícia passou a considerá-lo suspeito de ter matado a mulher, ocultado o corpo e registrado o desaparecimento.
A irmã da vítima contou que, inicialmente, Paulo disse aos familiares que havia deixado a jovem em uma rodoviária, mas mudou a versão várias vezes, afirmando que ela tinha desaparecido de outros locais. O homem chegou a parar de responder e bloqueou o contato da mãe e da irmã de Dayara.

Dayara Talissa Fernandes da Cruz – Foto: Divulgação/Polícia Civil
Relacionamento conturbado
Segundo a irmã da jovem, Paulo era ciumento e violento durante o relacionamento. Dayara estava sempre com hematomas pelo corpo. De acordo com ela, os dois chegaram a terminar no final de 2023, mas reataram no início do ano seguinte.
Prisão
Por causa das suspeitas, a polícia tentou cumprir mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão de Paulo, e, no dia 1º de julho de 2024, o suspeito se entregou à polícia.
Ossada encontrada
O laudoi da perícia confirmou que a ossada encontrada enterrada em uma fazenda de Orizona no dia 6 de julho é da jovem Dayara Talissa, conforme divulgou a Polícia Civil. A confirmação foi divulgada no dia 16 de julho.
Com o uso de uma máquina, a polícia encontrou a ossada, que estava enterrada a aproximadamente 5 metros de profundidade. “Os restos mortais foram recolhidos pelo IML, bem como os pertences que foram arrecadados no local. As investigações prosseguem a fim de esclarecer a autoria e eventual participação de outros investigados no ato”, afirmou o delegado.

Local onde ossada de Dayara Talissa foi encontrada em Orizona, Goiás – Foto: Divulgação/PC-GO
fonte: g1


