Enchente RS: Guaíba alcança marca recorde e água invade Porto Alegre
Cheia do Guaíba atinge o Gasômetro – Foto: Reprodução/ RBS TV
As águas do Rio Guaíba invadiram o centro de Porto Alegre. O muro da avenida Mauá, erguido para proteger a capital após a enchente devastadora de 1941, ficou quase submerso. Este cenário de alagamento no centro da capital gaúcha não era visto há 83 anos, quando o Guaíba atingiu a marca de quatro metros e 76 centímetros.
Na quinta (2), o governador Eduardo Leite (PSDB) se referiu à tragédia como “o maior desatre climático ” da história do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, já reconhecido pelo governo federal.
As chuvas fortes que caem no Rio Grande do Sul desde o fim de semana devem persisstir por mais dias e há previsão de mais chuva ao longo do mês.
Por causa da cheia, uma das comportas do sistema de proteção contra cheias se rompeu com a força das águas. Mais cedo, a Defesa Civil emitiu alerta para inundação extrema na área, e pediu que a população evite todas regiões próximas ao Guaíba e locais de risco.
A “orientação expressa” da Defesa Civil do Estado é foi para que “os moradores, comerciantes e trabalhadores de regiões próximas às ruas Siqueira Campos, Sete de Setembro, Rua dos Andradas (rua da Praia), avenida Júlio de Castilhos e arredores evacuem imediatamente essas áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Guaíba. Quem não tiver para onde ir, deve buscar informações junto à Defesa Civil de Porto Alegre sobre os abrigos públicos disponibilizados, rotas de fuga e pontos de segurança.
Chuvas no RS: a burocracia que atrapalha em momentos de tragédia
Governos municipais, estadual e federal montaram uma espécie de força-tarefa para ajudar o Rio Grande do Sul. Sem contar as Forças Armadas e demais entes federativos, que estão enviando ajuda humana e material.
No entanto, o que se percebe é que por diversas vezes a ajuda financeira demora para chegar na ponta, atrasando o socorro que precisa ser rápido. Dos recursos prometidos desde o ciclone de setembro do ano passado, que também atingiu os gaúchos –, um terço não chegou ao seu destino.
A explicação do governo federal é que muitas vezes as próprias prefeituras não solicitaram a verba. “As cidades gaúchas que ainda não receberam os recursos precisam apenas apresentar os planos de trabalho. Todos os recursos solicitados estão garantidos e prontos para o repasse”, afirmou o Ministério do Desenvolvimento Regional (MIDR), em nota.