Erivaldo Nery: poeta, dramaturgo e ator premiado
Li e gostei do livro “Chão de Chuva”, de Erivaldo Nery, que, além de poeta e ator premiado é contista, diretor teatral, dramaturgo, letrista e professor de artes cênicas. Gostei também do editorial do maestro Joaquim Jayme, então secretário municipal de cultura, publicado no livro, onde destaca o então programa Goiânia em Prosa e Verso, que deu oportunidades a escritores ainda desconhecidos e que estavam fora do circuito editorial, acadêmico e de mercado.
E simplesmente amei o do prefácio do escritor Leonardo Teixeira, que fala da “chuva telúrica de Erivaldo Nery”. Depois de definir em poucas palavras a figura do poeta e dramaturgo, Leonardo, que é membro da União Brasileira de Escritores e Sociedade dos Artistas Livres, conclui: “A poesia de Erivaldo merece ficar registrada nos compêndios. Também para a posteridade, como parece representar sua figura. Erivaldo tem uma poesia lúdica, interpretativa de múltiplas conjecturas”.
Gostei muito das poesias em que Erivaldo Nery presta homenagens ao seu pai, José Nery; a sua mãe, Ana Nery; ao seu filho, Thiago Nery; à professora e botânica Amália Hermano Teixeira; assim como da homenagem póstuma ao escritor e poeta Benedito Odilon Rocha e ao líder comunista Luiz Carlos Prestes. Inclusive, com carinho e admiração, ela presta homenagens a outras figuras de destaque da sociedade goiana, ao exemplo da professora Silene de Andrade.
Entre as premiações conquistadas por Erivaldo Nery destacamos aqui a de melhor intérprete em concurso de poesia falada, inclusive é ganhador do prêmio de recurso cênico no 4º Concurso Kelps de Poesia Falada; bem como do X concurso de poesia da cidade de Itanhaém (SP). Acumula mais de 20 prêmios literários. Em 77, ganhou o título de Menção Honrosa do Concurso da Bolsa de Publicação Cora Coralina, da Secretaria Estadual de Cultura, com o livro “As Sombras do Vento”.
E mais: em 98, também foi Menção Honrosa no III Concurso de Novos Valores de Literatura da Fundação Jaime Câmara, com o livro “Memorial do Vento”, com reconhecimento da saudosa escritora Yêda Schmaltz. Atuou como ator em vários espetáculos de teatro, tendo algumas participações em cinema e televisão, inclusive no eixo Rio/São Paulo. Ganhador do XX Concurso Arte e Criatividade do SESI, na categoria com o poema “A Paisagem de Aurora”, recebendo a premiação das mãos do escritor Bariani Ortencio e do artista plástico Carlos Sena.
Na qualidade de ator, conquistou prêmios na EducaCINE – Mostra Internacional de Cinema Educativo. Foi premiado como ator principal no filme “Restos”, com o personagem Vicente (Dir. Aldene José); e, também, como ator coadjuvante no filme “Bem Longe dos Homens”, com o personagem do caseiro capanga, Sr. Lau, dirigido por Weslle Fellipe de Araújo. Recentemente conquistou o prêmio Claquete de Ouro, Prata e Bronze no Festival de Filmes. O ator também recebeu homenagem da escritora e Presidente da Academia de Letras de Santo Antonio, Nazareth de Freitas, na ocasião da inauguração da casa museu, descerrado uma placa com o nome do ator Erivaldo Nery.
E acaba de receber nova homenagem. Dessa vez da Secretaria de Cultura do Município de Faina, onde já gravou alguns filmes, aos exemplos de “Bem Longe dos Homens” e “Pai do Mato”. Recebeu o troféu (claquete) durante o 6º Festival de Filmes de Faina, no dia 14 desse mês de novembro. Depois de muita luta, hoje Erivaldo Nery comemora a realização de eventos na Casa de Cultura que leva o nome dele, inclusive servindo de locação para gravação de filmes.
“É muito gratificante as premiações para um artista. Motiva-nos a seguir trabalhando com determinação em busca de melhores performances e, consequentemente, conquista de outros prêmios e, sobretudo, no enriquecimento da cultura”, frisou Erivaldo Nery. Ele faz questão de agradecer aos fotógrafos Artur Borges e Ruy Pereira, bem como a todos e todas que têm e vêm contribuindo para sua carreira multifacetada. Na foto que ilustra esta resenha, do grande profissional Yocihar Maeda, Nery exibe alguns dos prêmios conquistados.
João Nascimento, jornalista