Segundo a Dra. Laryssa Ávila, oftalmologista do Centro Brasileiro de Cirurgia dos Olhos (CBCO), somente com a cirurgia refrativa o paciente poderá viver independente dos óculos por um longo período de vida.
Correção do problema esbarra na negligência do paciente na hora de buscar um especialista.
Os estímulos visuais desempenham um papel significativo na assimilação de informações pelo nosso cérebro, contribuindo para a nossa percepção da realidade. Infelizmente, muitas pessoas têm enfrentado uma perda gradual de sua capacidade visual ao longo do tempo, o que resulta em uma redução na qualidade de vida. Esse declínio na visão não apenas influencia a maneira como essas pessoas experimentam o mundo, mas também pode ter um impacto adverso em suas atividades cotidianas e bem-estar geral.
De acordo com o estudo “Percepção dos cuidados e atenção com a saúde ocular da população brasileira”, divulgado recentemente pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), 55,8% dos entrevistados afirmaram ter algum problema visual e os mais comuns apontados foram os erros de refração: miopia, astigmatismo, presbiopia e hipermetropia, nesta ordem. A miopia, sozinha, atinge quase metade dos entrevistados, 43,2%. De tão comum, há quem chame o problema de “endemia”.
O uso excessivo de eletrônicos, como celulares, computadores, videogames, etc, pode estar associado ao aumento de problemas refrativos. Mas se por um lado, o excesso de tecnologia pode influenciar nesse tipo de doença, por outro, ela possibilita a correção dos erros de refração com procedimentos cada vez menos invasivos e de rápida recuperação, é o que explica a oftalmologista do CBCO Hospital de Olhos, Dra. Laryssa Ávila. “O erro refrativo (que compreende a miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) faz com que as imagens não sejam focadas na retina, o que gera alterações na forma como o cérebro interpreta e processa as mesmas, tornando a visão turva ou distorcida. A cirurgia refrativa na córnea consiste em um remodelamento desta estrutura feito com laser. Este novo formato da cprojetadosórnea faz com que os feixes de luz que incidam os olhos sejam diretamente na retina, em um só ponto, e assim, a imagem interpretada pelo cérebro será clara e nítida. Com a cirurgia, o paciente poderá viver independente dos óculos por um longo período de sua vida”, afirma a especialista. Em um país onde, segundo o IBGE, 50 milhões de pessoas usam óculos diariamente, esse é o sonho de muitos.
De modo geral e de acordo com a legislação brasileira, a cirurgia refrativa para correção de erros refrativos poderá ser realizada em pacientes maiores de 18 anos com grau estável há pelo menos um ano. Hoje em dia, as técnicas cirúrgicas mais utilizadas para corrigir os erros de refração são PRK, Lasik e Smile. Todas são realizadas com lasers e para cada paciente há uma técnica indicada de acordo com as condições de cada olho. Apenas médicos oftalmologistas poderão definir se o paciente é um bom candidato e qual técnica será mais adequada para cada caso. O problema é que muitas pessoas não sabem que têm essa possibilidade de correção da visão e como ela funciona. O estudo da SBO também revelou que 11% dos entrevistados nunca foram ao oftalmologista. Então, o primeiro passo para cuidar da saúde visual é sempre buscar um especialista.
Aprimoramento da cirurgia refrativa
Com o objetivo de promover o aprimoramento profissional de médicos oftalmologistas em busca de melhores cuidados para seus pacientes, o CBCO Hospital de Olhos está com inscrições abertas para a terceira edição do Curso de Excelência Prática em Cirurgia Refrativa. O curso será realizado nos dias 6 e 7 de outubro, em modalidades presencial e online. Para mais informações, acesse: https://www.cbco.com.br/curso-de-excelencia-pratica-em-cirurgia-refrativa
Suely Carvalho
