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Ex-sargento da FAB indiciada por golpe do falso consórcio é presa suspeita de causar prejuízos de R$ 800 mil em vítimas de Goiás e DF

Tamyla Guedes de Souza foi presa suspeita de aplicar um golpes em Goiás e no Distrito Federal – Foto: Divulgação/Polícia Civil

A ex-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Tamyla Guedes de Souza, foi presa suspeita de aplicar um golpe conhecido como “falso consórcio”, em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, a mulher tem histórico conhecido de golpes em Goiás e no DF, que se somados, chegam a R$ 800 mil de prejuízo às vítimas.

O mandado de prisão preventiva foi cumprido na quinta-feira (10), em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Os policiais afirmam que Tamyla estava escondida desde abril deste ano, ela foi indiciada por estelionato, pela Polícia Civil do Distrito Federal em maio deste ano.

O delegado Diego Alonso explica que a mulher se passava por corretora de consórcios e vendia cartas de crédito supostamente já contempladas, prometendo lucros altos para as vítimas. Todo o processo do golpe envolvia muita ‘lábia’.

“Após a transferência dos valores pelas vítimas, a autora enrolava elas falando que faria a transferência da carta de crédito e depois parava de responder”, diz Alonso.

Além da prisão preventiva, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços vinculados a Tamyla em São Paulo.

A divulgação de imagens e do nome da investigada está sendo permitida pela Polícia Civil de Goiás a partir da Portaria Normativa nº 547/2021/DGPC. O objetivo é identificar testemunhas e outras possíveis vítimas de crimes similares por ela praticados.

Buscas feitas em endereços ligados a ex-sargento da FAB suspeita de estelionato, em Ubatuba — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Buscas feitas em endereços ligados a ex-sargento da FAB suspeita de estelionato, em Ubatuba — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A ex-sargento da FAB foi indiciada em maio de 2024 por estelionato pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF). Informações apontavam que a mulher fez mais de 40 vítimas em Goiás e no DF. O delegado Pablo Aguiar falou sobre denúncias feitas na capital federal.

“Ela falava que era responsável por um consórcio e que se a vítima desse um valor X ela poderia ser contemplada sem sorteio. Aí a vítima depositava o valor para ela e ela não contemplava a vítima, ela ficava com dinheiro”, explicou o delegado.

Na época, a defesa da ex-sargento disse acreditar que ela é inocente e afirmou que qualquer esclarecimento seria dado dentro do processo legal, respeitando as garantias constitucionais da suspeita.

Também na época, o delegado explicou que pediu a prisão preventiva de Tamyla, mas o pedido foi negado pela Justiça. Na Junta Militar, há processos contra a investigada por crimes contra o patrimônio, estelionato e outras fraudes.

Uma vítima que denunciou o caso em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF, disse que depositou R$ 5 mil na conta da investigada, com a promessa de receber mais de R$ 70 mil.

“Ela me enviou um ‘zap’ falando que uma cliente dela tinha sido sorteada num consórcio e a cliente não poderia retirar o bem, pois estava com o nome sujo. Então, ela me ofertou se eu queria comprar essa carta contemplada. […] Como eu estava com planos de trocar o meu carro, eu aceitei, depositei, confiei que era conhecida e vendia consórcios”, descreveu a vítima no boletim de ocorrência.

Após o depósito, a ex-sargento teria pedido mais R$ 500 à vítima, segundo informações da ocorrência. A investigada não pagou o prometido, começou a dar desculpas sobre prazos do pagamento até que parou de responder mensagens e ligações.

À TV Anhanguera, testemunhas contaram que, no DF, quase 30 pessoas foram vítimas do golpe neste ano e em Goiás, há registros de vítimas em Luziânia, Valparaíso de Goiás e Anápolis.

fonte: g1

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