Política

Experientes, aliados de Daniel Vilela em Aparecida de Goiânia trabalham com cautela 

A pedido do emedebista, grupo articula pré-campanha com estratégia que evite constranger pessoas, que dependem da prefeitura 

 Como em um jogo de xadrez, aliados de Daniel Vilela (MDB), pré-candidato a vice-governador na chapa do governador Ronaldo Caiado (UB), em Aparecida de Goiânia, trabalham estrategicamente para ampliar os apoios no município. Com cautela, embora tendo foco na candidatura majoritária, o grupo planeja nomes aparecidenses para disputar as eleições proporcionais pelos partidos coligados. 

Para a Câmara dos Deputados, o foco é na reeleição do deputado federal Glaustin da Fokus, “que está sendo mobilizado para ajudar” no movimento político em Aparecida, disse ao jornal Opção, o ex-deputado Euler Morais, principal articulador e apoiador de Vilela. Já para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) as apostas do grupo são em  vereadores e suplentes emedebista e de siglas aliadas no município. Para se ter ideia, apenas o MDB na Câmara Municipal conta com uma bancada de seis dos 25 parlamentares. “Contudo está havendo um trabalho efetivo, mas Daniel acha que tem que ter isso reservado e esperar o momento certo (para anunciar)”, emendou. 

Ele lamentou o retorno do ‘modus operandi’ de fazer política em Aparecida, como a distribuição de empregos. Segundo ele, pratica quase abolida pelo ex-prefeito Maguito Vilela, que morreu em 13 de janeiro do ano passado. “O estilo de gestão que foi feito pelo Gustavo, enquanto estava na prefeitura, foi realmente na linha que existia três, quatro gestões atrás, muito do favor pessoal”, constata. 

Acerca dos vereadores do partido estarem apoiando outras pré-candidaturas, a estratégia está sendo não utilizar pressão contra eles. “O Daniel está deixando fluir as decisões pessoais, alguns vereadores já manifestaram, de forma bastante tangível e concreta, apoio a Daniel, consequentemente, ao governador, mas temem perder os cargos (na prefeitura), que são muitos, esse foi um instrumento de veiculação e de criação de dependência, enfim, que a gestão municipal exercitou. Então acho que não é uma questão de coagir e de pressionar que vai resolver essa questão. Então eu acredito que isso a gente vai conhecendo um pouco o perfil de cada um dos vereadores, como o Hélio Bom Sucesso, que não se curvou, mesmo estando sob ameaça, tendo seus indicados na prefeitura demitidos”, exemplificou. 

Nesse contexto, Morais observa que o modelo de “cabide de emprego”, ameaça e o constrangimento vem favorecendo aliados do ex-prefeito. “Realmente a gente tem que reconhecer que professor Alcides e Magda Mofatto, que abraçaram a pré-candidatura do Gustavo, com poder econômico significativo, e juntando, evidentemente, com a estrutura da máquina da administração municipal, têm inibido e tem dificultado, ainda, a definição de alguns nomes que poderiam, realmente, estar hoje disputando para deputado federal ou estadual”, frisa. 

Fonte: Jornal Opção

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